Aldeias do Xisto destacam património cerâmico

Entre 28 e 30 de setembro, as Aldeias do Xisto e o Museu de Arte Popular vão levar a cabo a oficina “A revolta dos legumes”. Direcionada para adultos e famílias, trata-se de uma iniciativa aberta na qual ceramistas que integram o projeto “Agricultura Lusitana” (atualmente em exposição no Museu) partilham saberes, mostram ao público as várias fases do processo cerâmico e demonstram como se chegou à peça produzida a partir de moldes de legumes das Aldeias do Xisto.

A decorrer no âmbito das Jornadas Europeias do Património 2018, a oficina “A revolta dos legumes” vai assim permitir não só que o público interaja com uma das artes mais importantes do nosso país, mas também, como sublinha Rui Simão, coordenador da ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto, «destacar a importância de acolher e estimular nos territórios a criatividade, a inovação e a reinvenção da cultura que permitem que o património cultural se mantenha vivo. É essa, no fundo, a principal mensagem que as Aldeias do Xisto e o Museu de Arte Popular querem transmitir com esta iniciativa e com a exposição Agricultura Lusitana.»

Paulo Costa, diretor do Museu de Arte Popular, destacou «a importância de chamar a atenção para o papel do património no desenvolvimento social e económico. Esta oficina, integrada no programa alargado de iniciativas deste Museu, vai decerto contribuir para os objetivos de proteção, valorização e promoção do património cultural europeu que a Comissão Europeia delineou para este ano.»

A oficina “A revolta dos legumes” é gratuita e decorrerá no Museu de Arte Popular em Lisboa, em dois horários distintos: manhã (11h00 – 12h30); e tarde (14h30 – 17h30).

Agricultura Lusitana

“Agricultura Lusitana 2015-18” é uma exposição que nos transporta para o território das Aldeias do Xisto, apontando caminhos para o desenvolvimento rural a partir das relações “Craft+Design+identidade”. Integra peças de craft+design contemporâneo que interpretam o saber fazer, a memória e a identidade cultural portuguesa, fruto de um trabalho realizado por cerca de 150 pessoas, entre as quais artesãos de todo o país e os alunos e professores de nove escolas superiores de design, que assinam os objetos em exposição. O projeto tem conceção e organização da ADXTUR, sendo a orientação criativa do designer João Nunes.

Enquadrada na programação da DGPC alusiva à celebração do Ano Europeu do Património Cultural, a apresentação desta mostra no Museu de Arte Popular (MAP) deve ser entendida numa perspetiva mais ampla, como resultado de uma estratégia de valorização do património rural, em que salvaguarda e inovação assumem idêntico protagonismo.

“Agricultura Lusitana 2015-18” encerra uma trilogia iniciada com os projetos “Água Musa” (2013) e “L4Craft” (2014), cuja temática assenta na relação “Craft+Design+Identidade”, e que tiveram como laboratório as 27 Aldeias do Xisto.

As instalações e os novos objetos desenvolvidos no seu âmbito evidenciam as distintas inspirações e interpretações dos respetivos criadores, expressas quer na reelaboração sobre formas, matérias ou técnicas tradicionais, quer na pura convocação de símbolos da ruralidade ou da sua transformação. A exposição interpela-nos também sobre alguns dos desafios que se colocam atualmente às comunidades das Aldeias do Xisto.

A exposição “Agricultura Lusitana 2015-18” está patente ao público até 30 de dezembro de 2018, de quarta-feira a domingo, no horário 10:00-18:00, à exceção de sábados e domingos, em que encerra das 13:00 às 14:00.

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