Alerta operações de pagamento eletrónico

No sentido de contribuir para a prevenção e contenção desta epidemia, é nossa responsabilidade, enquanto cidadãos e “agentes de saúde pública” termos a capacidade de fazer escolhas responsáveis em todas as atividades inerentes à nossa sobrevivência.

As transações financeiras fazem parte do nosso dia-a-dia. A forma como as fazemos pode deixar-nos expostos ao vírus do Covid-19 ou até mesmo transmiti-lo, e por isso teremos de começar a evitar e até mudar comportamentos.

Segundo o SIBS Analytics, no mês de Fevereiro foram efetuadas 103 milhões de operações de pagamentos eletrónicos. Destas, 34 milhões foram efetuadas em mercearias, super e hipermercados, 18,5 milhões em restauração e serviços de catering, 4 milhões em compras de moda e acessórios, 2 milhões em serviços de saúde, 4,7 milhões em pagamentos de telecomunicações e utilities e cerca de 1 milhão em transportes.

Dados da mesma fonte referem que entre 2 a 15 de março: de uma semana para a outra, as compras em super e hipermercados e farmácias e parafarmácia cresceram 10%, passando a representar 49% das compras. Também os valores médios de compras cresceram de uma semana para a outra, de um valor médio de compra de 34,7 para 37,4 euros. O recurso ao MBWAY também cresceu, uma vez que a inexistência de contacto é o melhor remédio para evitar contágio.

A primeira dúvida que surgiu assim que se iniciaram os alertas foi se o uso de dinheiro vivo (notas e moedas) poderia ou não ajudar na transmissão de Covid-19. Por isso, e já que falamos em evitar superfícies e objetos comuns, será prudente evitar-se transações a dinheiro já que o mesmo está constantemente em contacto com várias mãos, sendo algo muito pouco higiénico.

Ainda segundo a SIBS Analytics, todo o cidadão faz em média cerca de 15 compras físicas por mês, sendo que, de acordo com o Banco de Portugal, a maior parte dos pagamentos são feitos a dinheiro. Todos estes pagamentos poderão ser realizados sem ser necessário usar dinheiro. Basta usar o seu próprio dispositivo único e pessoal como o telemóvel para, ter uma experiência de compra mais simples e conveniente, com acesso a histórico de movimentos.

Hoje em dia já conseguimos fazer compras online, fazer um pagamento numa loja com telemóvel, transferir dinheiro, fazer pagamentos de serviços, etc, sem contacto físico. Falamos do recurso a aplicações bancárias ou aplicações de pagamentos através do telemóvel, que já permitem realizar todas estas transações, pagamentos e compras de forma segura e cómoda através do seu único e intransmissível dispositivo móvel.

Mas para além da comodidade e segurança, os pagamentos eletrónicos via aplicação vão ajudar-nos a evitar as idas às agências bancárias. Foi a Associação Portuguesa de Bancos a dar o alerta e a recomendar, no passado dia 11 de Março, a utilização de canais digitais e telefónicos no sentido de evitar o contacto físico e a exposição em locais fechados. Também a 17 de Março a Direção Geral de Saúde, no que diz respeito às regras de limpeza e higienização, alertou para a necessidade da desinfeção de, pelo menos uma vez por dia, todas as zonas de loja.

De reforçar também que os idosos são um grupo de risco no que concerne ao Covid-19 e que são os que menos usam tecnologia no seu dia-a-dia, recorrendo com frequência às agências bancárias e ao uso de dinheiro. Deverão ser os filhos e netos a apoiá-los nesta fase e ajudar nas transações digitais de forma a evitar idas desnecessárias às agências bancárias ou o uso de terminais físicos.

Além da tecnologia nos permitir não sair de casa no que toca às nossas finanças pessoais, o uso de dinheiro é algo que será necessário reduzir. Não só por questões higiénicas, mas também porque é sem dúvida uma transação muito pouco ecológica. E talvez esta forma “forçada” de mudarmos os nossos hábitos seja uma mais-valia na continuação de uma boa saúde e também um bom meio ambiente.

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