Artes tradicionais japonesas para aprender no Museu do Oriente

Sashiko, furoshiki, monkiri, mizuhiki e shodo, são as artes tradicionais japonesas que o Museu do Oriente ensina em Junho, em cinco oficinas que dão a conhecer estas práticas ancestrais mas tão actuais.

Outrora utilizado para reforçar tecidos, o ponto simples de bordado sashiko serve hoje, sobretudo, para decoração empregando diversos motivos, incluindo geométricos e de desenho livre. No workshop de dia 16 de Junho, às 15.00, os participantes vão aprender a aplicá-lo em padrões circulares, para decorar uma base para copos.

No dia 22, às 15.00, o desafio é aprender a transformar um quadrado de tecido em embalagens para protecção e transporte, através do furoshiki. Recuando ao período Edo (1603-1867) da História do Japão, os participantes irão descobrir como surgiu e se afirmou esta prática versátil e amiga do ambiente que, ainda hoje, se revela extremamente útil, pois substitui o uso de sacos de plástico. Um saco para a praia, um porta-garrafas ou uma bolsa de cintura são apenas algumas das formas apresentadas, todas feitas a partir de um quadrado de tecido.

Já a 23 de Junho, às 15.00, a sessão é dedicada ao mizuhiki ou nós japoneses. Trata-se de uma corda de papel de arroz que, depois de uma aplicação de goma, é passada a ferro e tingida, para depois ser entrançada através de nós. Tradicionalmente, cada cor e cada nó possui um significado especial, que pode estar associado a ocasiões cerimoniais como casamentos e funerais. Com origens no século VII, esta técnica viria a ser adoptada pelos samurais a partir do século XVII para prender o cabelo, tendo evoluído para um sem número de aplicações decorativas e funcionais, que vamos conhecer neste workshop.

Neste mesmo dia, “O recorte do mon – origens do monkiri”, recua ao tempo dos samurais para dar a conhecer o emblema que servia para identificar um indivíduo ou a sua família, tal como um brasão ocidental. O desenho do ‘mon’ parte de um círculo de papel dobrado radialmente que, quando recortado, revela a repetição de uma forma consoante o número de dobragens. Este workshop tem como objectivo contextualizar a prática do monkiri na história do Japão, passando-se em seguida à construção de alguns modelos, tais como o mon dos shoguns Tokugawa (três folhas de malva–rosa) ou o crisântemo de 16 pétalas da família imperial.

A terminar este mês dedicado à cultura japonesa, um workshop de caligrafia inicia os participantes no ‘shodo’, o caminho da escrita, uma arte tão introspectiva quanto visual, a explorar desenhando um carácter sazonal, inspirado num poema haiku e na imagética do Verão.

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