Buzina apresenta coleção Helena Milena

É nas diferenças que nos encontramos. É nos opostos que nos refletimos. É nas desavenças que inserimos pontos de interrogação em certezas. E é neste jogo de cedências e caprichos que a Buzina encontra a sua expressão máxima na sua nova coleção cápsula: a da individualidade.

Foi preciso fecharem-nos as portas da convivência para que nos debruçássemos sobre o próximo. Foi necessário um afastamento para que nos reaproximássemos do que nos é essencial. Foi no vazio que fomos beber o que nos preenche e foi quando chocámos com o outro que finalmente parámos e olhámos para nós. A história do último ano das nossas vidas é a página que nos faltava em toda a nossa existência e aquela que, mesmo que queiramos, não nos será possível passar em branco. É, por oposição, um conto sobre trocas, partilhas, desgostos repartidos, mãos dadas, abraços apertados e é um drama recheado a suspense do que, no meio do nada, nos foi tudo. A redescoberta da importância das relações humanas, do toque e da liberdade de sermos nós mesmos e de o colocarmos de forma aberta perante o mundo. É por isso que a nova coleção Buzina Helena Milena surge, como é habitual, de nomes femininos, mas ao invés de nos falar de formas e silhuetas, reporta-nos a ligações pele com pele, questiona o óbvio e rescreve a nossa forma de olhar para o que nos rodeia.

Mais do que tecidos e estampados, Helena Milena mostra-nos que a Moda continua a servir o seu papel fundamental de estandarte de personalidade e que por isso mesmo não se fecha em caixas de ideias pré-concebidas e abarca mais do que um só padrão. Mesmo com o mesmo uniforme, as nossas entranhas falam além do que nos cobre e o que somos é o que refletimos: este foi o exercício traçado por Vera Fernandes, fundadora da Buzina e diretora criativa, ao idealizar peças que comunicam entre si, que se contradizem e ao mesmo tempo se acolhem, personificando este conceito em duas personagens que dão vida a uma relação de cumplicidade e faísca. Helena e Milena fala-nos sobre os elementos do nosso dia-a-dia que nos desafiam, que nos tiram da nossa zona de conforto, embrulhada numa atitude de quem não leva nada demasiado a sério.

É precisamente num tom leve e dreamy que a coleção cápsula nos aborda: o algodão, tafetá e a ganga – introduzida pela primeira vez numa criação da marca e resultante de excedentes de stock – foram os materiais escolhidos para dar corpo a Helena Milena. As formas fluidas não deixam a imponência de parte, os florais entram em cena com tecidos de cores fortes e estruturas mais rígidas e as silhuetas que aparentam ser mais simplistas deixam a conversa fluir nos detalhes. Há uma relação improvável entre os chapéus de estética bucólica, as golas de menina mulher, as mangas em balão e as bainhas terminadas em folhos com as calças fluidas a terminar na barriga das pernas, os vestidos estruturados cosidos a ADN Buzina e os crop tops que piscam o olham às tendências da estação. A nível de design, esta é uma coleção para ser olhada ao pormenor e que, tal como com as pessoas com quem nos cruzamos, vamos conhecendo à medida que exploramos, que nos atrai pela diferença e nos assenta os pés na terra pelo conforto e espontaneidade. Helena Milena é também sobre deixarmo-nos guiar pelo nosso instinto e trazer a Moda de volta às raízes – só que, agora e finalmente, às nossas.

Check Also

United Colors of Havaianas: Benetton lança coleção cápsula com a Havaianas

A atitude descontraída e positiva do Brasil vem ao encontro do universo inclusivo e colorido …

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.