Casa dos Castelejos, em Castro Verde, seduz até a família real inglesa

O que é que se pode dizer sobre o Alentejo que já não tenha sido dito? Afinal o Alentejo está na moda, a gastronomia local ganha adeptos todos os dias, a tranquilidade da região convida ao relaxamento e atrai cada vez mais pessoas…

Mas não basta estar na moda. É preciso oferecer alojamento de qualidade a quem não quer ficar num hotel e prefere a proximidade e privacidade de um alojamento em espaço rural, mas que tenha algumas das comodidades habituais nos hotéis. No Monte do Guerreiro, perto de Castro Verde, surge em 2011, a Casa dos Castelejos, fruto de uma paixão de Cremilde Brito Paes, que apresenta o espaço “como um misto de casa de campo e hotel”.

O ShoppingSpirit esteve na Casa dos Castelejos por ocasião da inauguração da segunda casa, descobriu que aquela casa de campo tem conquistado muitos visitantes e alguns ilustres como foi o caso de um membro da família real inglesa, confidenciaram-nos.

Primeiro foi o fascínio pela localização, pelo cenário estival que faz lembrar a savana africana: árida e seca, com árvores esparsas e alguns arbustos. Uma beleza muito própria que muitos não compreenderão.

Cremilde Brito Paes apaixonou-se pelo Monte do Guerreiro e quis o acaso que as últimas casas do Monte estivessem em mau estado, mas que recuperadas dariam um espaço com o charme suficiente para cativar quem quisesse ali passar uns dias calmos e relaxados. Após ter adquirido o que restava das casas, iniciou o caminho até alcançar a sua visão de proporcionar um espaço edílico, com um cenário a perder de vista sobre a planície, com um espírito calmo e relaxado que tem o Alentejo.

“Senti que tinha de recuperar as casas, pois o espaço tem a particularidade de estar no campo e, ao mesmo tempo, numa aldeia”, diz a proprietária. A Casa dos Castelejos são as últimas da aldeia, não havendo nada à frente além da planície onde algumas vacas pastam. Atrás fica uma pequena aldeia ou lugar onde hoje vivem menos de 20 pessoas. Ali o tempo passa devagar, quase que pára.

A primeira casa a ser recuperada foi a que actualmente é chamada “Casa Velha”, embora não seja de todo velha. Todo o espaço foi recuperado e constitui na verdade um t5 e um t1, explica Cremilde. São cinco quartos e um apartamento com um quarto, todos com nomes de aves e pequenos mamíferos. Os hóspedes podem alugar a casa inteira, um dos quartos ou o apartamento com um quarto.

A decoração é inspirada na caça, muito rural, mas com um grande bom-gosto e conforto. A sala é dominada pela grande mesa ao fundo onde pende um grande candelabro de tecto feito de galhos de madeira. Para aquecer as noites frias do Alentejo, uma lareira rodeada de sofás e cadeirões proporcionam o conforto necessário.

Depois as obras estenderam para um pátio lateral, com uma grande varanda, um terraço, uma sala com lareira e um espaço de jardim à frente.

Mais tarde, a atenção foi dedicada à construção de uma grande piscina com água salgada para servir os clientes e a segunda casa que esteve quase para não existir.

“Depois veio o incentivo e acabei por fazer porque realmente esta é a que tem a vista, é a que está virada para o campo e tem a particularidade de ser como uma casa minhota, com grande parte de pedra sobre pedra misturada com alvenaria que alivia o ar pesado”, diz a proprietária. A paixão pela decoração também ajudou à concretização do projecto, tornando-a viva, com espírito e com alma”.

Com a inauguração do novo edifício, a Casa dos Castelejos juntou mais três quartos aos que já tinha, aumentando para nove quartos, mais duas salas grandes, um delas a rematar com uma lareira para dar mais apoio ao inverno e outra para zona de pequenos-almoços. A decoração é diferente da chamada “casa velha”, num estilo mais moderno, mas com detalhes vintage, como é o caso da porta de madeira entrelaçada dos roupeiros e do cadeirão de jardim feito com galhos recolhidos do mar.

O serviço base apenas contempla dormida e pequeno-almoço, mas é possível o serviço de refeições desde que reservadas com a antecedência necessária. A Casa tem contactos com alguns restaurantes locais e com serviços de catering que podem providenciar. Na ocasião ficámos impressionados com o serviço do “Serve Bem” e com o restaurante “O Castro”, em Castro Verde.

“Fazemos mais do que uma Casa do Campo faz, porque confeccionamos jantares, fazemos limpeza diária dos quartos, trocamos os turcos diariamente e numa casa de campo tradicional entrega-se a chave no primeiro dia e depois é devolvida e os clientes vão para casa cansados de tanto trabalho. Nós não. Limpamos tudo todos os dias, é mesmo um espírito de pousada”, diz a proprietária.

Para ocupar o tempo os clientes têm à sua disposição não só a piscina, como uma sala de leitura, mas para quem procura actividades exteriores, podem fazer caminhadas pelo campo, andar de bicicleta, piqueniques, ou reservar uma actividade disponível como passar um dia com o pastor, um dia no campo e experienciar o habitat entre cavalos e touros, workshops vários ou conhecer as adegas mais próximas. Uma alternativa mais urbana será conhecer Castro Verde, Almodôvar ou Beja, conhecer o Museu das Ruralidade em Entradas, a basílica de Castro Verde que é revestida de azulejos que destacam os episódios da batalha de Ourique, nomeadamente o do milagre em Jesus Cristo aparece a D. Afonso Henriques a oferecer protecção. Nesta basílica está ainda uma exposição de arte sacra em que a peça principal é a cabeça-relicário de prata que contém um osso craniano de São Fabião.

O cliente principal é o que procura lazer, descanso, férias. No inverno são principalmente os caçadores embora a proprietária diga que actualmente são menos os que chegam com essa motivação. O cliente português chega no Verão. Na Primavera são os adeptos do Birdwatching e chegam de toda a Europa: “França, Noruega, Bélgica, Holanda… Só para estarem uma semana para verem abetardas, Sisões, barrigas-negras…”

A Casa dos Castelejos está numa localização privilegiada para avistar abetardas pois elas estão presentes naquela região durante o ano inteiro e por isso os amantes de aves podem observá-las até do conforto da varanda. Durante a Primavera, altura do acasalamento, a observação é ainda mais interessante com os rituais como a parada nupcial e por isso chegam ainda mais visitantes. A Casa dos Castelejo providencia técnicos que podem acompanhar os observadores de aves e fotógrafos que pretendem ver determinadas aves. É só pedir.

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