Confinamento ditou quebra no mercado de brinquedos

O mercado de brinquedos em Portugal apresentou uma quebra de 9,4 milhões de euros no primeiro semestre de 2021, registando-se uma variação negativa (-19%) em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da GfK e revelam ainda que a queda acentuada da venda de brinquedos na época da Páscoa em muito contribuiu para este resultado, já que a grande distribuição não estava permitida a vendê-los, devido ao contexto pandémico.

A tendência negativa verificou-se em todas as categorias de brinquedos, à exceção dos “Eletrónicos”, com “Bonecas”, “Jogos & Puzzles” e “Figuras de Ação” a apresentarem as maiores quedas (-33%, -26% e -23% respetivamente). “Construções”, ainda que negativa, foi a categoria com uma queda menos significativa.

Nota-se, assim, que a categoria “Bonecas” perde relevância no mercado nacional e deixa de ser a mais importante, caindo de 19% para 15,8%. “Construções” passa a ser a categoria com maior peso, com 17,1% (vs 14,5% no primeiro semestre de 2020). Destaque, também, para o aumento de quota da categoria de “Desporto & Ar Livre” e da queda de quota de “Jogos & Puzzles”.

O estudo “Principais tendências do mercado de brinquedos em Portugal no 1.º semestre de 2021” indica ainda que o preço médio de mercado aumentou 1,6%, atingindo os 11,9€, mas não em todas as categorias. Enquanto que o preço médio das categorias “Veículos” e “Construções” aumentou, em “Bonecas” e “Infantil & Pré-Escolar” diminuiu.

O mercado licenciado continua a perder relevância e caiu 24%, representando 21% do mercado no primeiro semestre deste ano (face a 23% no período homólogo). Esta tendência negativa mantém-se desde 2016, em que o mercado licenciado representava 27%.

A GfK Portugal audita o mercado de brinquedos desde 2014, com uma cobertura aproximada de 90%. Para este estudo foram auditadas mais de duas mil lojas, que colaboram num painel com uma periodicidade mensal (de janeiro a setembro) e semanal (de outubro a dezembro (semana 40 à semana 52), Páscoa (2 semanas) e o Dia da Criança (2 semanas)). A amostra inclui os principais retalhistas que vendem brinquedos em Portugal, nos diferentes canais, como hipermercados, supermercados, especialistas em brinquedos, cadeias de eletrodomésticos, entre outros.

(Fonte: GfK Portugal)

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