Crianças e chocolate: Amigos inseparáveis. Porque não?

O chocolate deve ser tratado como parte de uma dieta infantil saudável e não como pecado autorizado ou prémio de bom comportamento.

A alimentação como fator decisivo para o equilíbrio geral do ser humano está cada vez mais na ordem do dia. Educar os mais novos, desde logo, para uma dieta variada e saudável é hoje um imperativo a que devemos dar a máxima atenção pela importância que, de facto, tem para todos e para sempre.

Portugal tem das mais baixas taxas de consumo de chocolate da Europa, aproxima-se de 1,7 kg/ano per capita enquanto a média europeia é de 5,2 kg. Tendo em conta as propriedades benéficas do chocolate, estes números revelam-nos uma oportunidade que remete para o futuro e o futuro são as crianças, verdadeiras “esponjas” de informação, de hábitos e comportamentos que irão determinar a sua saúde e bem-estar ao longo da vida.

A boa notícia é que é que o chocolate pode integrar a dieta dos mais novos e, como tal, deve ser tratado como alimento e não como prémio.

De acordo com a nutricionista e blogger Ana Pimenta Ribeiro, é fundamental ter uma alimentação variada e equilibrada, “O ideal é que a criança aprenda desde cedo a comer de tudo um pouco, inclusive chocolate. Moderação é a palavra de ordem!”.

Segundo a especialista, uma atitude a evitar é fazer do chocolate um prémio ou gratificação.

Na verdade, a história do chocolate é longa e rica, cacau quer dizer “alimento dos deuses” e o chocolate já foi mesmo usado como moeda de troca, mas agora e, para que seja percebido e consumido como alimento benéfico que é, deve ser apresentado de forma verdadeira e correta, o chocolate é um alimento!

Isto suscita várias questões, desde a idade a partir da qual as crianças devem começar a consumir chocolate, passando pelas quantidades ideais, momentos do dia ou o melhor enquadramento na dieta alimentar.

Em resposta a estas dúvidas, a nutricionista aponta os 2 anos de idade como a altura em que as crianças poderão começar a consumir chocolate e recomenda que não o façam antes dos 12 meses.

Refere ainda que: “Para a maioria dos especialistas, comer 30 gramas num dia é aceitável, desde que a criança não esteja acima do peso nem tenha nenhum problema de saúde relacionado. ”
Quanto ao modo como o chocolate entra na dieta, Ana Pimenta Ribeiro propõe que seja integrado no fim de uma refeição, sendo o seu consumo mais benéfico nessa altura do que de forma isolada pois, deste modo, evita que as taxas glicémicas tenham uma oscilação demasiado rápida que poderia levar a uma consequente sensação de fome.

Tal como em relação a qualquer outro alimento, a recomendação é unânime: perante casos de excesso de peso, o melhor a fazer é consultar um nutricionista que poderá dizer como elaborar o plano alimentar tendo em conta as propriedades dos alimentos e as caraterísticas físicas de cada criança.

Segundo dados muito recentes da Organização Mundial de Saúde, a taxa de obesidade infantil nunca foi tão alta em Portugal sendo das mais elevadas da Europa a par com outros países mediterrânicos. De acordo com a OMS, 1 em cada 10 rapazes de 11 anos é obeso. De referir que, além do decréscimo do consumo de fruta e vegetais, o sedentarismo é apontado como uma das causas.

Assim, além de uma alimentação equilibrada, o desporto é altamente recomendado para as crianças, até porque, tal como o chocolate, a atividade física aumenta a produção de serotonina gerando uma agradável sensação de bem-estar.

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