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Os CTT vão apoiar os linces Katmandu e Jacarandá, nascidos e criados em cativeiro, que iniciaram um novo período da história do lince ibérico em Portugal, ao tornarem-se no primeiro casal da espécie a ser solto na natureza em território nacional. O facto será homenageado na emissão filatélica a ser lançada no próximo dia 30 de abril, quinta-feira.
Em meados do século XX ocorreu uma acentuada regressão de efetivos totais da espécie, devido à perda de habitat, à perseguição direta e à diminuição das populações de coelho bravo, a principal presa do lince ibérico. A previsão do ICNF – Instituto de Conversação da Natureza e das Florestas, aponta no médio prazo, para a reintrodução de oito a dez animais por ano. Foi no Parque Natural do Vale do Guadiana, no concelho alentejano de Mértola, que Portugal se estreou na reintrodução do lince ibérico, tendo sido testemunhado por governantes, repórteres e pelo olhar atento dos técnicos envolvidos, num programa dedicado ao felino mais em vias de extinção no mundo. Os animais foram soltos num terreno com cerca de 1,5 hectares onde é testada a sua adaptação. Só depois desse teste se concretiza a libertação efetiva, embora os animais permaneçam monitorizados através de coleiras emissoras de rádio.
O macho Katmandu e a fêmea Jacarandá ficaram para a história como os primeiros habitantes do cercado de solta branda preparado em Mértola, e serão também relembrados na emissão filatélica composta por quatro selos e um bloco: um selo com valor facial de 0,45€ e uma tiragem de 155 000 exemplares; outro com valor facial de 0,55€ e tiragem de 120 000 exemplares; um selo com valor facial de 0,72€ e tiragem de 145 000 exemplares; um selo com uma tiragem de 115 000 exemplares e um valor facial de 0,80€; e um bloco com um selo com valor de 2,00€ e uma tiragem de 40 000 exemplares. A ilustração dos selos esteve a cargo de Fernando Correia.
