Deixar de fumar poupa 100 € mensais e cerca de 14 anos de vida

Numa altura em que se assinala o Dia Mundial do Não Fumador, os especialistas alertam para a necessidade de realizar campanhas de prevenção junto da população, no sentido de alertar os portugueses para o que podem poupar no orçamento familiar e em anos de vida, se deixarem de fumar. Em média, um fumador gasta cerca de 100 euros em tabaco, o que corresponde a um quarto do ordenado mínimo. No que toca à esperança média de vida, os estudos indicam que por cada cigarro que se fuma são desperdiçados 8 minutos, o que no caso dos homens equivale a perder cerca de 13 anos e nas mulheres 15 anos.

Camilo Leite, pneumologista da Clínica Particular de Coimbra sublinha que “O tabaco é considerado pela Organização Mundial de Saúde como a principal causa de morte evitável pelo ser humano. Responsável por 12% da taxa de mortalidade em Portugal, o tabagismo é o maior causador de doenças fatais como o cancro do pulmão, a doença pulmonar obstrutiva crónica e as doenças cardiovasculares. As campanhas de sensibilização em idade escolar assumem um papel fundamental na implementação de hábitos saudáveis desde tenra idade.

Contrariamente ao que a população pensa, em Portugal e no resto do mundo, o tabaco provoca mais mortes por doença cardiovascular que por cancro. “Mais de um terço das mortes por patologias cardiovasculares é devido ao fumo do tabaco”, adianta o especialista.

Este consumo, no total, é responsável por mais de 8000 mortes no nosso país, das quais cerca de 4000 são causadas por doenças cardiovasculares, 2000 por cancro do pulmão e as restantes por complicações noutros órgãos.

As despesas públicas do consumo do tabaco representam para o Estado 490 milhões de euros, incluindo 126 milhões com internamentos hospitalares e 364 milhões com custos de medicamentos, consultas e exames.

“Por todas as razões mencionadas anteriormente torna-se premente que o Governo crie condições para que os portugueses deixem de fumar e implemente um conjunto de medidas que deverão passar por mais consultas de cessação tabágica, instrumentos que facilitem o acesso à medicação, ações de rastreio e campanhas de prevenção integrada” remata Camilo Leite.

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