Durja Puja, o segredo bem guardado de Calcutá

Durga Puja. Este é o nome do festival cultural que decorre todos os anos em Calcutá, na Índia, e uma das maiores celebrações da vitória do bem sobre o mal, mas dito assim, é pouco e não mostra a real dimensão do evento.

Mas o Durga Puja é muito mais do que isso, é uma celebração cultural onde todos os credos e castas são bem-vindos, diz Jaydeep Mukherje, o principal promotor do evento a nível internacional e director do operador indiano Meghdutam Travels durante uma apresentação que decorreu recentemente na Casa de Goa e que oferece pacotes de viagens para aquele que é dos mais importantes festivais indianos, celebrando a vida, a cultura, costumes e tradições

Apesar de ser aberto a todos os que querem celebrar o bem, o Durga Puja é, na sua essência, um evento Hindu, que celebra a vitória da deusa Durga sobre Mahishasura, um demónio que não pode ser derrotado por nenhum deus masculino. Durga, a divindade feminina, foi dotada de 10 braços, cada um com uma arma para derrotar o demónio. O evento dura uma semana mas a sua preparação dura todo o ano e começa no dia seguinte ao encerramento do anterior. Milhões de pessoas assistem a esta manifestação de fé, arte, cultura e tradição.

A “mãe” Durga é, como explicou Jaydeep, “a energia divina feminina ou “Shakti”, sendo também uma guerreira, a força e o poder”. Segundo a crença hindu, ela emerge de um poço de luz para combater o demónio Mahishasura que libertara um reino de terror na Terra, Paraíso e nos Mundos Astrais. Os Deuses não o conseguiram vencer e o demónio subestimou Durga por ser uma mulher, acabando esta por vencê-lo. Durante o festival os crentes veneram a Deusa e oferecem mantras em sânscrito, acompanhados pelas batidas ritmadas dos tambores dos Dhakis.

O festival acaba também por ser uma expressão da criatividade da sociedade local com cada “bairro ou colectividade” a construir estruturas chamadas Pandal temáticos, cada um com recriações de Durga, que demoram meses a serem criados e construídos. No final do festival os ídolos são submersos no rio Ganges, o mais sagrado para os hindus, com cânticos de esperança que a “mãe” Durga regresse no ano seguinte.

O Durga Puja realiza-se no Outono, no início de Outubro e, tal como diz Jaydeep Mukherje, é preciso ver para crer.

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