O ecommerce ainda tem um longo caminho a percorrer em Portugal

Embora as compras online em Portugal não parem de crescer, a realidade é que os valores do negócio online em geral situam-se abaixo da média europeia. Mas não nos precipitemos em tirar conclusões negativas.

A realidade é que cada vez mais os portugueses deixam de ter receio de comprar online. De facto, a confiança em comprar online não é um tema capital em Portugal, especialmente entre os mais jovens. É um aspeto a ter em conta mas que não é o fator mais relevante para definir o sector. De facto, cada vez mais portugueses preferem optar pela comodidade e pela variedade que oferecem as compras online através dos seus computadores, tablets ou telemóveis.

Marta-PaneraRevejam-se os números: em Portugal no ano passado, um total de 3.2 milhões de pessoas compraram produtos ou serviços online, o que representa 31% da população total e 46% daqueles com acesso à Internet (66% dos portugueses está conectado à internet, 62% em Itália e 76% em Espanha). Tendo em conta que a
média europeia de pessoas que compraram um artigo ou serviço pela internet se situa nos 48%, considera-se que 31% em Portugal é um bom dado.

E mais, em Portugal temos um volume de compras online em geral muito positivo tendo em conta que o mercado luso, tal como o italiano ou o espanhol, sofreu uma queda no consumo nos últimos anos maior que em Inglaterra ou na Alemanha, países onde 72% e 61% da povoação respetivamente já comprava online em 2014.

De facto, no caso concreto de Showroomprive, empresa que desde 2012 organiza em Portugal vendas online exclusivas de marcas de moda a um preço que vai até aos -70% relativamente ao preço original, a imagem que vemos refletida no espelho não poderia ser mais positiva: 1.1 milhões de consumidores portugueses
decidiram registar-se na nossa loja online Showroomprive. pt, o que provocou no ano passado mais de 280.000 pedidos no valor de 15 milhões de euros. Isto significa que quando se junta a oferta e a procura com um bom serviço e personalização o panorama é muito lisonjeiro.

E é precisamente no “serviço e na personalização” onde reside a chave do ecommerce atual, tanto em Portugal como fora do país: Os comércios eletrónicos que
estão a cativar os consumidores mais e melhor são aqueles que apostam na oferta de um serviço de primeira categoria e uma personalização que traga ao consumidor uma vantagem clara (em Portugal, de facto, valoriza-se tanto o preço como a qualidade do serviço oferecido). Neste sentido, estamos a assistir a uma revolução no mercado luso: alguns operadores logísticos, por exemplo, estão a integrar-se com empresas de comércio electrónico redobrando os seus esforços para se adaptarem ao ecommerce com novos serviços chave que aumentam o valor das compras online.

E se olharmos a situação a um nível global e fixarmo-nos na transformação digital do país, Portugal está a dar os passos necessários para ganhar a digitalização com cada vez mais estudos universitários centrados em contribuir com conhecimentos digitais a um variado número de disciplinas.

Desta forma, o país prepara-se para contar com profissionais especializados em internet e em novas tecnologias, tal como acontece em França e Reino Unido. Por outro lado, e pela mão de organizações como a Acepi Portugal, as empresas lusas também estão a adaptar-se às características do negócio digital, especialmente no âmbito do mobile commerce. E o shopping online em Portugal realiza-se cada vez mais através de smartphones e tablets e menos através de computadores. 32% dos portugueses contam com um smartphone com acesso à Internet, o que está a ajudar a acelerar o consumo online. Em Portugal, como noutros países europeus, o aumento das compras online está diretamente relacionado com o maior uso destes dispositivos móveis por parte da população,
especialmente em momentos de consumo intenso como o Black Friday, o CyberMonday ou o Natal. Se tudo correr como o previsto, as empresas de comércio eletrónico encerrarão 2015 com um dado record de faturação em Portugal.

Não há dúvida de que o comércio eletrónico é um sector em pleno processo de maturidade positiva em Portugal e que tanto os utilizadores como as empresas estão decididos a seguir este processo.

Vamos no bom caminho.

Marta Panera – Relações Públicas Showroomprive

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