ERVA: Cozinha de conforto, saborosa e com um twist

Quando chegamos ao ERVA, parece que entramos naquele que, podíamos bem imaginar, seria o Jardim do Éden, mas, num plano mais terreno, também podia ser uma floresta tropical tal a profusão de plantas, todas naturais o que logo à partida define a atmosfera confortável do restaurante, a paredes meias com o Corinthia Hotel Lisbon.

Apesar do número de plantas que ali existe, e que forram as paredes, entre as quais muitas ervas aromáticas que servem a cozinha, a carta não é vegetariana. Ali, a brigada liderada por Carlos Gonçalves elabora pratos que fazem justiça à cozinha autêntica e original de carne ou peixe. Apesar disso, os vegetarianos têm opções para eles, pois, tal como a tendência marca, quer-se um restaurante inclusivo em que a portugalidade tem uma palavra a dizer, onde os produtos locais a autenticidade e a boa comida são privilegiados. É um espaço onde o talento do Chef Carlos Gonçalves se espelha na carta com pratos plenos de sabor e texturas, sem, no entanto, perderem a sua simplicidade.

Ali nada se esconde, com o conceito de open-kitchen que dá uma sensação de proximidade e revela a cozinha autêntica do restaurante. O menu é despretensioso e singelo, que expressa conforto, mas com um twist, aproveitando ao máximo os produtos frescos de fornecedores locais.

A começar logo pelo couvert que nos trazem. Uma seleção de três tipos de pães da Gleba Padaria, onde se incluem broa de milho, pão de trigo barbela e de trigo verde, que acompanham uma manteiga de citrinos, um creme de queijo de ovelha fumado e azeite extra virgem e vinagre Quinta das Bágeiras.

Com o vinho da Quinta do Couquinho 2015, começou o desfile de sabores, a começar pelos snacks que podiam ser muito bem comidos como finger food. Provámos o sabor suave das Batatinhas Bravas com tártaro de lulas crocantes e crème fraiche de lima que fizeram toda a diferença na complementaridade dos sabores e texturas; e da Gamba marinada, abacate e crocante de pele de galinha cuja espessura e textura eram excelentes.

O menu de degustação continuou com a frescura da lota de Peniche a invadir-nos o prato, desta vez com bacalhau fresco em tempura com duas maioneses, uma de alho negro e outra de alho assado, molho unuagi, pickle de cebola roxa e salicórnia para um toque de sal.

Quase no final da refeição, experimentámos um dos best-sellers, a pá de cordeiro de leite cujo tempero é, segundo nos disseram, o do Chef, e que nos chega com batata Aligot, um puré de batata com parmesão e emmenthal. O cordeiro, que se desossa à mesa, com uma colher e garfo, é delicioso e desfaz-se na boca. Percebe-se perfeitamente a razão por que é um dos mais pedidos. Já nos peixes, os clientes procuram a corvina com arroz de lingueirão e salicórnia e o polvo na brasa com pimentão fumado, caviar de beringela, couve portuguesa grelhada

No capítulo das sobremesas, terminámos com o Brulée de yuzu, ananás dos Açores, merengue italiano, geleia de manga e bolachinha de manteiga, e uma mistura muito interessante de morangos, abacate e coco e crème fraiche.

Mas o ERVA não é só um restaurante e no bar, enquanto esperamos (ou não) pela mesa, estão disponíveis cocktails de autor, originais e deliciosos, mais os eternos clássicos da arte da mixologia. O bar serve ainda cocktails exclusivos criados pelo Bar Manager Nelson Antunes, especialista em mixologia molecular. A oferta também passa pelas cervejas artesanais e engarrafadas, uma completa carta de vinhos, licores e outras bebidas.

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