De acordo com o estudo “2017 Cibersecurity Predicitons”, as maiores ameaças incluem casos de ciberespionagem, um crescente aumento dos ataques que colocam em causa a integridade dos dados, e uma maior ameaça por parte dos ataques relacionados com os dispositivos IoT (Internet of Things) aproveitados como pontos de lançamento para a propagação de malware, SPAM, ataques DDoS (Distributed Denial of Service) e manutenção do anonimato das atividades maliciosas.
A espionagem cibernética e a guerra de informação influenciam as estratégias globais e políticas, como aconteceu durante a campanha para as eleições norte-americanas, quando hackers supostamente associados ao governo russo invadiram os servidores do Partido Democrata, da candidata Hillary Clinton, e expuseram e-mails confidenciais, levando à demissão da Presidente do Partido Democrata, Debbie Schultz.
Em conclusão, o estudo da Aon deixa o alerta às empresas para a otimização da cibersegurança e a avaliação dos riscos. Apesar do papel desempenhado pelos governos e pelas legislações, em 2017 prevê-se que cada vez mais empresas se consciencializem para esta ameaça e adotem medidas de autorregulação através da criação de normas de segurança mais rigorosas e recurso a serviços de gestão de risco e de cibersegurança.
Para Andreia Teixeira, especialista na área da cibersegurança da Aon em Portugal, o “risco cibernético é uma realidade a que as grandes empresas e entidades governamentais já estão atentas. O aumento da pressão dos reguladores deverá impulsionar a necessidade de desenvolver e instituir medidas internas como a criação de equipas de resposta a incidentes de segurança informática”. A mesma responsável conclui que a “indústria de serviços financeiros e outros setores regulados serão os primeiros a adotar procedimentos de due dilligence sobre cibersegurança, como lição aprendida das transações de alto perfil que não tiveram bons resultados em 2016.”