Estudo Nielsen: Bens de Grande Consumo crescem 2,8% em 2018

Os Bens de Grande Consumo ultrapassaram, em 2018, os 9 mil milhões de euros, o que representou um aumento de 2,8% relativamente ao período homólogo, segundo dados da Nielsen. No que às diferentes categorias diz respeito, existe uma grande homogeneidade entre todas elas: Alimentação (+3,1%), Higiene do Lar (+2,9%), Bebidas (+2,8%) e Higiene Pessoal (+1,3%). No setor da alimentação, o destaque vai para os produtos congelados que, tal como tinha acontecido em 2017, voltaram a crescer (+5%), comprovando uma maior procura por produtos que tragam conveniência, rapidez e simplicidade à vida dos consumidores. Relativamente aos formatos de loja, realce para o crescimento dos Supers Grandes (+6,7%), e uma nota também para o aumento do valor registado em canais Tradicionais, que apresentaram um crescimento de 3,9%.

Marcas de Fabricante superam Marcas de Distribuição

Contrariamente ao que tinha sido a tendência em 2017, em que o crescimento verificado foi praticamente equiparado, este ano os dados da Nielsen demonstram uma diferença relativamente significativa entre as Marcas de Fabricante e as Marcas de Distribuição. No ano de 2018, as Marcas de Fabricante apresentaram um aumento de 3,3% relativamente ao período homólogo; por sua vez, as Marcas de Distribuição cresceram 1,9%.

Natal acompanha tendência de crescimento

O Natal continua a ser o período mais relevante no que aos Bens de Grande Consumo diz respeito, representando este período perto de 10% das vendas totais registadas no setor, num universo de análise que integra as vendas em Hipers e Supers. O peso promocional manteve-se neste período superior à média anual e mais de 50% das compras foram realizadas com promoção – 51% no Natal contra 47% de média em 2018.

Relativamente às categorias, nota para os produtos típicos desta época, nomeadamente o bacalhau, que cresceu 3% quando comparado com o período homólogo. Uma curiosidade para um aumento mais significativo no que ao bacalhau congelado diz respeito (+5%) relativamente ao bacalhau seco (+3%), refletindo o peso da conveniência do primeiro formato entre os consumidores. No topo das preferências dos portugueses continuam alguns dos produtos habituais no que à época natalícia diz respeito, especialmente direcionados para oferta: bombons (61% das vendas totais foram feitas no Natal), figuras de chocolate (41% das vendas foram no Natal), perfumes e bebidas alcoólicas.

Marta Teotónio Pereira, Client Consultant Senior da Nielsen, afirma que “a importância deste período para o setor dos Bens de Grande Consumo é inquestionável. É interessante também notar a tendência de crescimento que se tem vindo a verificar nos últimos anos, mesmo sobre períodos tão positivos, confirmando que o consumo em Portugal está dinâmico. Para dar resposta a um período de maior procura e importância, as promoções, já significativas durante o ano, ganham ainda mais peso no Natal. De acordo com aquilo que tem vindo a ser defendido pela Nielsen, num país em que as promoções ganharam um destaque tão superior ao verificado no resto do mundo, é fundamental que estas vão ao encontro do mercado e dos objetivos estratégicos das marcas e retalhistas. Colocar as promoções ao serviço da experimentação, da inovação ou da ‘premiumização’ dos produtos, será sempre uma excelente oportunidade.”

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