Fórum do Consumo promove 1ª Conferência Engage to Win

  • Qual tem sido o impacto da crise financeira sobre o consumo?
  • Quais as grandes alterações de consumo nos últimos 3 anos?
  • Todos os consumidores estão a conseguir satisfazer as suas necessidades?
  • Como será o consumo em Portugal em 2013?

“Tudo é consumo e o consumo é tudo”! É com esta génese que o Fórum do Consumo orienta a 1ª Conferência sobre o tema Engage To Win. “Esta crise obriga-nos a voltar a ser humildes e tomar consciência da nossa pequenez enquanto indivíduos e do nosso grande coletivo, solidário e único”, avalia José António Rousseau, presidente do Fórum do Consumo.

Enquanto plataforma geradora de conhecimentos, consensos e soluções na área do Consumo, esta primeira conferência defende a partilha de informação e a integração de todos os agentes económicos num debate permanente de troca de ideias e de conhecimento. Por outro lado, defende ainda a procura de soluções para resolver os problemas de relacionamento entre a indústria e a Distribuição. Neste sentido, José António Rousseau reforça a vontade de o Fórum do Consumo “ser o maior repositório nacional de estudos sobre o consumo onde qualquer interessado possa encontrar a informação que careça para os fins que pretender.”

A emergência do consumidor “Novo Normal”.

A crise económica mundial tem afetado as formas e estilos dos consumidores em geral, a qual também não deixa o consumidor português inócuo, conduzindo ao surgimento de um novo tipo de consumidor. De acordo com o Pedro Dionísio e Hélia Pereira, do Future Cast Lab, do ISCTE, o novo consumidor está mais informado; móvel, altamente tecnológico, imprevisível e é mais exigente com as marcas, ao ponto de estar disposto a renegar as “marcas Photoshop”. Uma nova tendência que leva a novos comportamentos para os quais as marcas têm que estar mais atentas de forma a responder às novas espectativas e, por outro lado, estarem aptas a reagir à impulsividade [boa ou má] dos novos consumidores.

Também Paulo Caldeira, da Kantal Worldpanel, desenvolve o tema do “ Novo Normal” e apresenta informação atualizada sobre a evolução do tipo de consumidor entre 2009-2012 e a evolução do volume de vendas da MFCG. De destacar o valor muito significante de 27% dos shoopers que reconhecem não conseguir satisfazer as suas necessidades atuais; 51% afirma que para satisfazer as suas necessidades tiveram que alterar os seus hábitos de consumo. Apenas 0,6 por cento diz que a crise não alterou em nada os hábitos e 21,4% reconhece que a situação de crise os levou a fazer algumas mudanças no momento das compras.

Nos últimos cinco anos, o consumo tem-se concentrado cada vez mais no setor do retalho, e cada vez menos na restauração e Cash & Carry. O que tem ajudado a explicar a força das campanhas e ações de promoção dos grandes operadores, em especial da Sonae e do Pingo Doce. Por causa ou efeito, um outro paradigma surge no contexto do que os shopper procuram.

Conveniência que passa pelo online.

De acordo com estudos apresentados pelo painel da Nielsen, o conceito de “proximidade” sai reforçado nesta conjuntura. A proximidade é o fator mais importantes na escolha de uma loja, o que ajuda a compreender a transformação progressiva que se tem vindo a verificar no comércio de proximidade em Portugal. As lojas de proximidade são agora mais modernas, têm um sortido adaptado às necessidades do shopper e uma boa relação qualidade preço.

Mas a conveniência vai para além da distância e o online assume-se como “a” ferramenta ao serviço de todos. Apesar de em Portugal as compras online ainda estarem um pouco abaixo das médias internacionais, esta alternativa atrai shoppers com um nível de gasto médio elevado. Assim, e como reforça Ana Barbosa da Nielsen, o seu crescimento deverá passar por um alargamento do conceito a outros players e por modalidades com preços mais acessíveis.

Esta 1ª Conferência promovida pelo Fórum do Consumo contou também com a participação da Fundação Francisco Manuel dos Santos, IPSOS /APEME/ Return on Ideas /A. Mateus & Associados, LERNE (Universidade Católica) e o Laboratório do Consumo do IPAM.

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