Gastronomia e factor novidade são principais critérios de escolha de férias dos portugueses

Em plena semana de BTL, a MARCO, agência de comunicação internacional com escritório em Lisboa, revela as principais tendências turísticas dos Portugueses, com a apresentação da terceira vaga do Estudo MARCO: Post Covid Consumer Behaviour II.

Poucos setores se viram tão afetados pela Covid-19 como o Turismo. Os confinamentos e restrições de circulação foram um duro golpe para todos os operadores e até à data, muitas empresas ainda enfrentam alguns desafios. No entanto, 2022 foi o ano do regresso à normalidade, com uma situação epidemiológica muito mais estável em praticamente todo o mundo, que permitiu ao turismo retomar a sua atividade e, nalguns casos, aproximar-se dos níveis pré-pandemia. Na verdade, de acordo com os dados recolhidos pela Organização Mundial do Turismo, entre setembro e janeiro do ano passado, a Europa recebeu um total de 477 milhões de viajantes internacionais, o que significa 81% dos níveis anteriores à pandemia. Neste quadro, Portugal destaca-se tendo superado os níveis de 2019 com 26,5 milhões de hóspedes em alojamento turístico durante 2022, de acordo com dados do INE.

Enquanto o turismo nacional atravessa um ciclo de dinamismo e crescimento, decorre, de 1 a 5 de março, a Bolsa de Turismo de Lisboa, o Marketplace de excelência da oferta turística do país. É nesse âmbito que MARCO revela as principais tendências e fatores de escolha dos Portugueses no que diz respeito às férias.

Portugueses são povo europeu que lidera escolha de destinos gastronómicos e sustentáveis

O Estudo, que a nível europeu analisa Portugal, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Espanha com base em mais de 4000 entrevistas, revela que 64% dos portugueses destacam a gastronomia e o fator novidade como principais critérios de escolha das suas férias. A nível europeu, Portugal e Reino Unido, ambos com 64%, são efetivamente os países que mais valorizam a experiência gastronómica.

A Covid-19 continua também a ter impacto nos critérios de decisão, com 60% dos portugueses a optarem por destinos Covid safe, sendo este o principal critério na faixa etária acima dos 65 anos (75%) A cultura (59%), entretenimento (54%) e sustentabilidade (52%) fecham o Top de critérios de decisão dos Portugueses.

A nível Europeu, os Portugueses lideram ainda na escolha de novos destinos que nunca tenham visitado e na opção por destinos sustentáveis, contra uma média Europeia de 55% e 43% respetivamente.

 

Viagens: Produto online mais comprado pelos Portugueses

O ‘Estudo MARCO: Post Covid Consumer Behaviour II’ realça ainda que o comportamento dos consumidores está em constante mudança e que situações como as registadas na pandemia têm profundas consequências nos seus hábitos, cujo efeito final ainda está por revelar. Um exemplo de profunda mudança no turismo é a digitalização do setor. De acordo com o estudo, 56% dos europeus e 60% dos portugueses afirmam que o produto que mais compram online em detrimento de lojas físicas são bilhetes e pacotes de viagens.

Didier Lagae, fundador e CEO da MARCO, afirma: “Ainda que o ano 2022 tenha sido o ano de regresso à normalidade, muitos europeus continuam a manter os lugares livres de Covid como um dos motivos principais para escolher o seu destino turístico. O facto de alguns países terem sido capazes de lidar com a situação, melhor ou pior, pode ter sido a chave para receber mais turistas este ano. E, mesmo que a situação ainda seja complicada, temos visto como o turismo tem retomado, alcançando quase os níveis pré-pandemia, com um espírito muito marcado pelos destinos turísticos mais desconhecidos ou com maior oferta cultural e de lazer.”

Panorama europeu

A nível europeu a segurança em termos de Covid continua a ser a maior preocupação dos viajantes. 56% dos consumidores europeus inquiridos revelaram que um fator determinante na escolha de um destino de férias era a situação do Covid-19 nesse potencial destino, colocando-o como a primeira opção na hora de decidir para onde viajar.

Visitar novos lugares e descobrir alternativas turísticas diferentes ocupa a segunda posição, com 55% entre os fatores que influenciam os europeus na hora de escolher um destino em detrimento de outro. Na verdade, trata-se da primeira razão no caso de muitos dos países inquiridos como Espanha com 61%, Portugal com 64% ou Itália com 61%.

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