A culinária mediterrânica, classificada como Património Mundial, continua a marcar o festival. Aposta-se nos pratos de peixe. Há novas funcionalidades e nasceu um “Espaço de Negócios”.

Gastronomias mediterrânicas e peixes dominam o 33º festival de Santarém

Mais chefes, mais demonstrações culinárias, uma maior vocação para as famílias e para as crianças. Estas são novidades da edição 2013 do Festival Nacional de Gastronomia em Santarém. A culinária mediterrânica, classificada como Património Mundial, continua a marcar o festival. Aposta-se nos pratos de peixe. Há novas funcionalidades e nasceu um “Espaço de Negócios”.

O festival de gastronomia de Santarém, o principal evento culinário e enófilo de Portugal, reforça na sua 33ª edição a aposta nas gastronomias mediterrânicas e explora, como nunca tinha feito antes, o potencial dos peixes e bivalves atlânticos.

A maioria dos restaurantes tem este ano muito mais pratos de peixe nas suas ementas do que era habitual no Festival Nacional de Gastronomia. As garoupas, os atuns, as amêijoas, as ostras, as lapas, os lingueirões ou os polvos vão ser tratados nos restaurantes participantes com muito mais ambição do que antes lhe tinha sido dedicada. Do Norte às Ilhas, do Centro ao Algarve, os representantes gastronómicos de todas as regiões irão apresentar propostas com sopas de peixe, carapaus (ou chicharros), biqueirão, chocos, ovas, mexilhões, sapateiras – já para não falar em peixes de rio como a fataça (tainha) ou os mais habituais bacalhau ou camarões. Também da Galiza chegará uma “embaixada” gastronómica que tem os pescados na linha da frente das suas propostas.

As gastronomias mediterrânicas, essas, continuarão a ser as grandes vedetas do festival. Nesta edição há um espaço completamente novo que funcionará como um festival dentro do festival: demonstrações culinárias quase permanentes com os melhores chefes, espaços para degustação de vinhos e de produtos da terra, ações didáticas para as famílias. Haverá demonstrações dedicadas às crianças e também pequenas aulas para que estas aprendam a cozinhar coisas simples, mas saborosas.

“Esta edição consolida uma aposta muito forte na qualidade e na inovação, não só do evento em si próprio, mas sobretudo nas propostas culinárias que vão estar à disposição dos visitantes”, afirma Luís Arrais, o coordenador do 33º Festival. “Chamámos alguns dos melhores chefes nacionais para virem mostrar como é que estão a recriar as gastronomias regionais com produtos de cada vez maior qualidade”.

José Cordeiro, um desses chefes que a televisão transformou em figura nacional, confirma a aposta em “participar neste ícone da gastronomia portuguesa que é o Festival Nacional”. Depois de ganhar uma estrela Michelin na Casa da Calçada, em Amarante, e de abrir o restaurante Feitoria no Hotel Altis Belém, em Lisboa, vem este ano a Santarém representar a gastronomia lisboeta que pratica no seu novíssimo restaurante “Chefe Cordeiro”, no Terreiro do Paço. “Todos os anos venho ao Festival, isso é sagrado!”, afirma José Cordeiro. “Este ano irei com uma alegria especial, por estar a participar”.

O 33º Festival Nacional de Gastronomia decorre entre 25 de outubro, sexta-feira, e 3 de novembro, domingo, no complexo da Casa do Campino, em Santarém. Para além dos restaurantes que funcionarão entre as 12h00 e as 16h00 e as 19h00 e as 24h00 (sem interrupção ao fim de semana), haverá jantares e almoços temáticos servidos pelos alunos da Escola Profissional do Vale do Tejo, curso de Hotelaria, e as demonstrações e degustações temáticas.

“É o único local em que se pode comer especialidades de todo o país na mesma altura”, lembra António Valente, vereador da Câmara de Santarém e, há anos, um dos responsáveis pela organização do evento. “Como turismo de experiência, neste caso gastronómica, é o melhor que há em Portugal”.

A organização esforçou-se este ano para dar um salto qualitativo nas infraestruturas, funcionalidades e comodidades que o festival pode oferecer, desde logo a quem nele trabalha. Nesse sentido foi criado um “Espaço de Negócios” numa antiga cavalariça contígua à Casa do Campino, onde, para além de mesas de reunião, sofás, wireless, televisões, etc, será também prestado um serviço de apoio a encontros e reuniões de negócios em que participem patrocinadores, fornecedores, autarcas, quadros das regiões de turismo, entre outros.

Os principais beneficiados pelas melhorias foram, todavia, os restaurantes participantes. Têm instalações renovadas e mais espaço para trabalharem e servirem os visitantes, um novo grande gerador trifásico para prevenir quebras de energia e melhores condições de armazenamento. A principal vantagem deste ano, porém, terá sido a antecedência com que todos puderam começar a trabalhar no local, uma semana mais cedo do que era habitual. “É este o caminho que queremos continuar a trilhar: garantir todas as condições para que a qualidade e a inovação gastronómica sejam a marca de água deste festival”, resume o coordenador Luís Arrais.

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