Hábitos de consumo nacionais no regresso às aulas

Mais de metade dos portugueses não pede fatura na compra do Material Escolar

O E-Konomista em parceria com a Sportzone, acabam de lançar um estudo sobre os hábitos de consumo nacionais no regresso às aulas.

O estudo foi desenvolvido em parceria pelas duas entidades com o objetivo de analisar os hábitos de compra das famílias portuguesas no regresso às aulas, bem como identificar cenários de consumo e potenciais resoluções para um peso orçamental acima do normal nesta altura do ano, com impacto em todas as famílias com filhos em idade escolar. Neste seguimento, são analisadas diversas variáveis de forma a fornecer um cenário completo e abrangente sobre esta questão em Portugal.

QUANTO GASTAM AS FAMÍLIAS NO REGRESSO ÀS AULAS
Quando questionados relativamente ao valor despendido com as compras necessárias no regresso às aulas, a maioria dos pais portugueses, 36%, revelou gastar entre 200€ e 300€ com este período, sendo que no total, 60% dos inquiridos gasta em média entre 100€ a 300€ nas suas compras escolares. Apenas 7% afirma gastar mais do que 500€ e 9% gastam menos de 100€.

Se analisarmos a comparação entre as despesas médias com o regresso às aulas e os rendimentos médios mensais das famílias, conseguimos identificar um padrão de crescimento do consumo que acompanha o aumento dos rendimentos. Ou seja, quem ganha menos gasta menos, quem ganha mais, gasta mais.

MÊS DE PLANEAMENTO NO REGRESSO À AULAS
Quanto ao planeamento no regresso às aulas, podemos concluir através da análise dos dados que 64% dos inquiridos começa a planear as suas compras com duas ou mais semanas de antecedência, sendo que 34% prepara o regresso às aulas com um mês de antecedência. Ainda assim, como mostra o gráfico abaixo, 19% dos pais não fazem qualquer tipo de planeamento.

QUEM GASTA MAIS: PÚBLICO OU PRIVADO?
Relativamente a esta questão, através da análise dos dados percebemos que as famílias que têm filhos a frequentar instituições privadas tendem a gastar mais do que o valor médio, que se situa entre os 200€ e os 300€ referidos anteriormente como é possível verificar no gráfico que se segue.

Verificamos também que os pais que têm filhos em instituições privadas tendem a planear com maior antecedência o regresso às aulas comparativamente às famílias que têm os seus filhos a frequentar escolas de ensino público. Cinquenta por cento dos pais com crianças a frequentar a escola privada afirmaram planear este período com um mês ou mais de antecedência, face a 38% no ensino público.

ONDE GASTAM MAIS AS FAMÍLIAS?
Entre a lista do que é preciso adquirir, os manuais escolares encontram-se, sem dúvida, no topo das preocupações dos inquiridos (76%), transferindo a maior fatia do orçamento para os livros exigidos pela escola. A maioria dos inquiridos afirma ser esta a principal despesa nesta altura do ano, seguida do material escolar, com 15%, e de roupa e calçado com 7,8%.

OS FILHOS TAMBÉM VÃO ÀS COMPRAS, MAS QUEM GANHA É O PREÇO
Oitenta e cinco por cento dos pais que participaram neste estudo revelou que se faz acompanhar dos seus filhos nas compras necessárias para o início do ano letivo. Apesar deste fator, o gosto pessoal das crianças e/ou adolescentes, bem como a preferência por uma determinada marca ou artigo de moda não levam a melhor na hora da compra. Através da informação disponibilizada conseguimos ter acesso aos principais critérios tidos em consideração na aquisição de material escolar.

Conclui-se que a maioria dos inquiridos (80%) tem em atenção a relação preço/qualidade e durabilidade dos produtos. Da amostra analisada, apenas 8% dos pais tenta conjugar o gosto pessoal dos filhos com o preço e a qualidade/durabilidade do que é comprado.

Importa ainda acrescentar que 20% dos inquiridos tem apenas o preço como critério na escolha do material. Já 16% dos inquiridos apenas selecionou a qualidade/durabilidade dos materiais como aspeto a ter em conta.

ONDE COMPRAM?
Quanto ao local de compra, grande parte das famílias prefere comprar tudo num único local. Neste caso, o local de eleição para as compras de regresso às aulas são os hipermercados, seguidos das papelarias.
Quem tem por hábito comprar em mais do que um local, opta por combinar as compras em hipermercado e outras lojas.

Numa altura de contenção de gastos em que se poderia verificar cada vez mais a utilização de sites online de compra e venda de diversos produtos usados no regresso às aulas, os resultados do estudo demonstram que não se verificou uma adesão expressiva a estes suportes. Apenas 1,3% dos inquiridos afirma ter em conta este tipo de opções para as suas compras, complementando-as sempre com outros espaços comerciais.

As lojas online têm também pouca expressividade, pois apenas 4% dos inquiridos afirma comprar unicamente através deste meio. Mesmo quando combinada com outras opções, a percentagem mantém-se baixa, sendo de apenas 13%.

DESPESAS NO IRS
Mais de metade dos pais portugueses (51%) não coloca as despesas de Educação no IRS, ou seja, não pede fatura, sendo certo que com a dedução destas despesas anualmente, o retorno pode ascender até aos 800€.

DICAS DE POUPANÇA
Muitos dos inquiridos afirmaram ainda seguirem dicas de poupança nesta altura e, até mesmo, pouparem durante o ano para poderem utilizar estes recursos no regresso às aulas. Ao compararmos os pais com crianças no ensino público e privado, percebemos que quem tem filhos no ensino privado aproveita mais os manuais escolares que pertenceram a amigos ou familiares, correspondendo a um total de 30% para o ensino privado e 27% para o ensino público.

No que se refere ao apoio escolar, vários pais admitiram usufruir deste tipo de ajuda, sendo que a Região Autónoma da Madeira, o Algarve e zona Norte do país são as zonas que apresentam maior número de ocorrências, respetivamente.

Já os empréstimos, por sua vez, não são uma opção recorrente. Os dados do estudo revelaram que apenas 1,6% dos inquiridos pediram um empréstimo para fazer face às despesas desta época.

De referir que, apesar de se falar hoje em dia cada vez mais dos manuais escolares digitais, o estudo revela que adquirir este tipo de livros não é uma opção que esteja no horizonte das famílias portuguesas. Apenas 11% da nossa amostra afirmou pretender comprar manuais digitais.

SOLUÇÕES PARA POUPAR NO REGRESSO ÀS AULAS

1. POUPAR NOS MANUAIS
Compre os livros escolares com antecedência e não deixe de ter em consideração as lojas online. A maior parte oferece os portes de envio e tem descontos até 10% se comprar os livros antecipadamente. Mesmo que seja em cartão, pode aproveitar esse valor para livros de fichas ou outro material que terá de comprar ao longo do ano.

2. POUPAR NO MATERIAL ESCOLAR
Se habitualmente compra todo o material escolar nos hipermercados, analise primeiro as campanhas à disposição e faça as contas. Há papelarias, por exemplo, com descontos superiores ou que fazem até 50% de desconto em cartão em todo o material. Se usufruir destas vantagens, pode trazer, mais tarde, a custo zero, o que não precisar de comprar já.

3. POUPAR NO MATERIAL DESPORTIVO
Mochilas, sapatilhas e fatos de treino, entre outros, são bens essenciais no regresso às aulas. Neste ponto aconselhamos que esteja atento aos packs disponíveis no mercado em lojas da especialidade, compensam sempre mais.
Se os seus filhos praticam uma modalidade desportiva extra ainda compensam mais. Os packs com tudo para a natação são um bom exemplo.

3. POUPANÇA GLOBAL
Esta é uma altura em que todas as decisões devem ser bem pensadas. Descubra os descontos que mais lhe compensam face às suas necessidades e compare bem os preços. Subscreva newsletters e faça cartões de cliente, nunca são demais. Saiba ainda que há lojas que o deixam pagar faseadamente em 3 vezes sem juros. Pode ajudar a atenuar as despesas acumuladas num curto período de tempo. Peça sempre fatura e coloque as despesas de educação no IRS.

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