José Maria da Fonseca faz Relatório de Vindima 2012

“O ano de 2012 foi bastante atípico, com pluviosidade muito abaixo do normal. Ainda assim, nas regiões onde a José Maria da Fonseca opera, conseguiu-se produzir vinhos brancos e tintos de alta qualidade, estando a equipa de enologia bastante satisfeita com os mesmos.” Domingos Soares Franco – Enólogo Sénior.

O ano agrícola de 2012 foi algo fora do normal, uma vez que a pluviosidade que até Outubro estava dentro de valores normais, foi praticamente inexistente até Março o que provocou um atraso no desenvolvimento das plantas em cerca de duas semanas.

Em Abril registaram-se elevadas temperaturas o que fez avançar a maturação duas semanas. Após este período não se registaram doenças ou pragas fora do normal.

Para o Verão havia previsões de temperaturas muito altas, o que não se veio a verificar. Somente no início de Setembro registaram-se temperaturas acima dos 40º C.

A vindima começou em Azeitão a 20 de Agosto, com a casta Fernão Pires, com algum atraso em algumas castas, mas a partir do início de Setembro tudo estava dentro do normal.

Os vinhos brancos mostram-se com uma acidez e aromas muito promissores, fruto das temperaturas relativamente moderadas que se verificaram durante o Verão. Os tintos embora com um pouco menos álcool (entre os 12 e os 13%), também se mostram muito equilibrados em praticamente todas as castas com taninos maduros e películas com bastante cor. As uvas moscatéis, para o vinho generoso, foram colhidas com maturações excelentes.

Na região da Península de Setúbal iremos ter muito boa qualidade e uma quantidade aproximadamente 10% acima da média da região.

No Alentejo a vindima teve início a 29 de Agosto e foi algo intermitente, resultado das elevadas temperaturas que se verificaram. A qualidade é muito boa e a quantidade ficou abaixo da média cerca de 15 %.

No Douro o tempo quente produziu bagos pequenos com elevadas concentrações de aromas e complexidade, ainda que com menos quantidade de uva.

Contudo, a vindima apenas terminou na Península de Setúbal a 29 de Outubro, pois deixamos ainda 1,5 hectares de Sauvignon Blanc na vinha de Algeruz, como fazemos todos os anos, a aguardar as condições atmosféricas ideais para fazer um verdadeiro LATE HARVEST com infecção total de Botrytis Cinerea.

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