Jovens cientistas Portugueses entre os melhores do mundo

Foram quatro os jovens cientistas Portugueses que este ano representaram Portugal na mais prestigiada Feira Internacional de Ciências e Engenharia (Intel ISEF) que termina hoje em Phoenix no Arizona/EUA.
Para Portugal vem o 4º Prémio atribuído pela Society for Science & the Public ao projeto de astronomia desenvolvido por Daniel Diaz, Ivo Gonçalves e Mauro Franqueira, três jovens que frequentam o 11º e 12º ano da Escola Secundária Dona Maria II, em Braga.

Foi na 23º edição do Concurso para Jovens Cientistas e Investigadores, promovido pela Fundação da Juventude em 2015, que os jovens alcançaram a oportunidade de representar Portugal no maior e mais prestigiado concurso mundial de ciência que hoje termina nos Estados Unidos. Todos os anos mais de 65.000 alunos do ensino secundário competem em feiras regionais e nacionais de ciências com o objetivo de serem apurados para a Intel ISEF.

Daniel Diaz, Ivo Gonçalves, Mauro Franqueira, jovens estudantes da Escola Secundária Dona Maria II em Braga, conquistaram hoje o 4º Prémio com um projeto na área da Astronomia, baseado na modelação Astrofísica de Estrelas Wolf-Rayet usando telescópios de pequena abertura, detetores CCD para fins astronómicos e espectroscópios de baixo custo. A equipa realizou ao longo do seu trabalho 16 deteções de espectros estelares tendo determinado com eles vários parâmetros estelares, velocidades radiais e ainda a composição química dessas estrelas peculiares. «Quisemos provar que um grupo de alunos de uma escola secundaria consegue fazer uma investigação semelhante à dos astrónomos, recorrendo a equipamentos de baixo custo», explicou Daniel Diaz

“Concorremos na Intel ISEF com dois projetos mas poderiam ter sido oito”

Em Portugal é a Fundação da Juventude que promove anualmente o Concurso de Jovens Cientistas a partir do qual muitos jovens estudantes, do ensino pré-universitário, alcançam a possibilidade de mostrar o seu trabalho a nível internacional, na mais prestigiada feira de ciência.
Segundo Ricardo Carvalho, Presidente Executivo da Fundação da Juventude, «é importante que se apoie e se fomente o desenvolvimento científico em Portugal, o qual estes jovens provam que pode começar nas escolas. Apesar de sermos um país pequeno já alcançámos uma quota de participação significativa, a qual poderia ser muito maior. A julgar pelo crescente número de participações no Concurso para Jovens Cientistas e Investigadores e na Mostra de Ciência, que é já uma das 5 melhores a nível europeu, concorremos na Intel ISEF com dois projetos mas poderiam ter sido oito».

A participação portuguesa neste certame contou com os apoios da Fundação Luso-Americana (FLAD) e do Museu da Eletricidade e da Fundação EDP, uma vez que «não houve apoios governamentais à participação dos jovens. Inclusive, em 2015, foi retirado o apoio à Mostra de Ciência e ao Concurso para Jovens Cientistas e Investigadores, o que acabou por não inviabilizar a participação de Portugal e a conquista de um prestigiado Prémio de Ciência. Para 2016 aguardamos que seja restituído o apoio», acrescenta o Presidente da Fundação da Juventude.

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