Manpower revela os fatores que mais vão influenciar retalhistas no Black Friday

A última sexta-feira do mês de novembro é sinónimo de Black Friday, um dia aguardado tanto por empresas como por consumidores, e que permite promover vendas através da oferta de descontos especiais de época. Contudo, para as marcas, é fundamental conseguir acomodar a procura acrescida, uma vez que a data requer a implementação de estratégias que vão além da disponibilidade de stock e da capacidade de entrega.

Neste sentido, a Manpower, referência global no mundo do trabalho e pertencente ao universo do ManpowerGroup, salienta cinco desafios e tendências que, em particular este ano, vão influenciar a operação dos retalhistas:

1. Subida do custo de vida: a mudança da conjuntura internacional – primeiro com a emergência pandémica e, atualmente, com o conflito europeu -, trouxe o aumento generalizado dos preços e do custo de vida, obrigando o consumidor a fazer escolhas e, inclusivamente, a prescindir de alguns bens e serviços. A adaptação dos orçamentos familiares reflete a tendência de agravamento económico e impacta de forma direta as marcas retalhistas. Nesse sentido, este ano, o desafio de alinhar mensagens de venda com um cenário de perda de poder de compra, particularmente em datas fortes como a Black Friday, aumenta. Neste contexto, a possibilidade de um retalhista oferecer aos seus clientes a resposta de um operador que, em direto, resolve questões e pedidos, constitui um ativo valioso para aumentar a sua satisfação global, ao mesmo tempo que promove a faturação da loja, nomeadamente através de soluções de cross-selling and up-selling.

2. Compras antecipadas: deixar compras consideradas fundamentais para o último momento gera precipitação e um aumento do valor gasto – dizem as boas práticas de gestão financeira. Para evitar a pressão e as compras por impulso, muitos são os que estão a optar por antecipar a visita às lojas e a pesquisa nos portais de e-commerce, para aproveitarem as promoções em curso antes das datas de pico. Este ano, a multiplicação das iniciativas de marketing por parte das marcas sobre a Black Friday funciona como um convite à antecipação das compras e revela uma tendência clara de precaver problemas de abastecimento, através de uma diluição das vendas e dos prazos de entrega. Para os retalhistas, isto significa uma necessidade antecipada de terem as equipas prontas para dar resposta à procura, nomeadamente com formação atempada para aspetos de ordem prática, como a localização de produtos ou a gestão dos níveis de stock.

3. Dificuldades no fornecimento: em alguns momentos, a pressão exercida pela procura sobre os canais de venda pode gerar desequilíbrios cuja estabilização não é imediata. A reativação do consumo presencial no período pós-pandémico representa um exemplo recente desta dinâmica complexa, sendo que foram muitos os setores que se debateram com dificuldades na gestão dos seus stocks e na capacidade de resposta aos clientes. Para os retalhistas, em especial, a disrupção nas cadeias de fornecimento representa um desafio acrescido, principalmente nos momentos em que as expectativas do público são mais elevadas e a incerteza sobre variáveis como o preço do petróleo ou a disponibilidade de transporte marítimo representam pontos de interrogação. Embora a inflação faça os títulos nesta temporada, na Black Friday a escassez de alguns produtos e os atrasos nas entregas poderão refletir-se no retalho, sendo importante contar com uma equipa de suporte capacitada para dar resposta às questões dos clientes.

4. Preferência por escolhas sustentáveis: um aumento massivo nas vendas online, um pico no transporte de mercadorias (com entregas e devoluções) e um boom na poluição gerada são os impactos da Black Friday no planeta. Considerado um desafio cada vez mais sério para as marcas, o reflexo das preocupações de sustentabilidade dos consumidores tem crescido e obriga à procura de soluções que priorizem tanto as pessoas como o ambiente. A Green Friday, propositadamente assinalada na mesma data, convida a refletir sobre o facto da verdadeira poupança não se conseguir com a compra de bens com desconto, mas num consumo mínimo que satisfaça as necessidades reais de cada um. À medida que mais consumidores alinham as suas compras com os seus valores, os retalhistas e as marcas que puderem oferecer opções mais sustentáveis, como por exemplo dando aos consumidores a possibilidade de fazerem encomendas neutras em carbono ou doando parte dos benefícios destes dias a uma ONG, podem ganhar pontos junto de uma fatia crescente de compradores conscientes.

5. Foco na personalização: longe vão os tempos em que as campanhas massificadas, dirigidas a todos os públicos serviam os propósitos comerciais das marcas e dos próprios consumidores. Cada vez mais sensíveis a experiências de compras focadas nos seus requisitos, nas suas pesquisas ou histórico de compras, os consumidores estão a impulsionar uma tendência de personalização que leva os retalhistas a segmentarem cada vez mais a sua oferta. Mensagens que mudam consoante o momento, o canal escolhido e o perfil a que se quer chegar assumem particular importância nas corridas da Black Friday e da Cyber Monday, em contraponto às que que não contemplam as necessidades e preferências dos consumidores. E a personalização não se extingue no ato da compra – para o retalho, os pontos de contacto antes, durante e após a venda representam oportunidades adicionais para garantir jornadas integradas, convenientes e que deixam uma marca positiva.

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