MEMORIA abre portas em Campo de Ourique

O mais recente projecto do grupo Non Basta chega com pompa e circunstância a Campo de Ourique. O Memoria apela às melhores recordações do passado para ser lembrado no futuro.

A qualidade da comida de antigamente num espaço onde se recordam sabores de infância e se criam novas memórias em redor da mesa. É assim o Memoria, o novo restaurante do grupo Non Basta que acaba de abrir portas num dos bairros mais tradicionais de Lisboa, Campo de Ourique. “Queremos recriar vivências passadas, não apenas no que diz respeito aos pratos, mas também ao ambiente. Um dos nossos objectivos é que quem aqui venha tenha a sensação de já aqui ter estado”, explica um dos responsáveis. 

O Memoria é um restaurante que nos faz relembrar outros tempos, de uma casa que foi nossa, da comida cuidada por quem nos cuidava. É um restaurante que é uma segunda casa. Uma segunda casa onde se partilham memórias, onde se discute em redor da mesa, onde a pressa é substituída por longas conversas e por pratos que respeitam a tradição. O Memoria celebra o passado num espaço que todos vamos querer recordar no futuro. E fá-lo recuperando pratos ancestrais da gastronomia italiana. 

Centro nevrálgico de todas as autênticas casas italianas, a cozinha ocupa um lugar de destaque, e é com ela que nos deparamos assim que entramos pela porta vermelha do número 26A da Rua 4 da Infantaria. Na sala, cujo design de interiores foi desenvolvido por Inês Moura, imperam os tons neutros e a crueza dos mármores, em contraste com os candeeiros vermelhos (o design de iluminação ficou a cargo de Joana Forjaz) que acentuam a elegância e intemporalidade do espaço. Nas traseiras, o restaurante conta ainda com duas zonas de esplanada prontas para receber o Verão.

PRATOS PARA NÃO ESQUECER

Terceiro projecto do grupo Non Basta, o Memoria aproxima-se do conceito de osteria/trattoria italiana que já é partilhado pelos dois Pasta Non Basta (Alvalade e Elias Garcia). Neste novo espaço continua a aposta nas pizzas e nas massas frescas confeccionadas diariamente no restaurante,  bem como nos produtos frescos provenientes da horta própria, mas há uma maior margem para experimentações. “No Memoria, há mais liberdade para criar”, resume um dos responsáveis pelo espaço.  

A pensar nas famílias, há três pratos que podem ser pedidos em doses suficientes para três pessoas (e que são por isso servidos à mesa em travessas): o Linguini neri alla pescatore (€ 14/ € 38), o Spaghetti al pomodoro e burrata (€ 13/ € 35) e o Fettuccine com polpette (€ 11/ € 30). Outra das apostas são os produtos de referência provenientes de várias regiões de Itália, que vêm complementar a oferta de antipasti e saladas.De Parma vem o Salame gentile (€ 6/ € 10) e o afamado Parmigiano reggiano (€ 6/ € 10), de Bologna a Mortadella al tartufo (€ 6/ € 10) e de Bergamo o queijo Taleggio (€ 5/ € 8). O Lady Capra (€ 6/ € 10), um queijo de cabra azul que tem um sabor suave e cremoso, a Stracciatella (€ 8/ € 14), retirada do coração da burrata, e o Prosciutto San Daniele (€ 6/ €10) são outras das alternativas. 

Tal como acontece nos Pasta Non Basta,os clássicos são feitos a preceito: os incontornáveis Spaghetti alla carbonara (€ 12), Lasagna della nonna (€ 12) e pizza Diavola (€ 12) dividem as atenções com os não menos consensuais Spaghettoni al tartufo (€ 14), Spaghetti alle vongole (€ 14) ou pizza Margherita (€ 9). Mas há também opções menos comuns que prometem deixar rendidos os mais conhecedores da gastronomia italiana, como é o caso do Pappardelle al Ragu di coniglio (€ 14), um estufado de coelho cozinhado lentamente, ou dos Ravioli com Taleggio e figo (€ 11), que junta a acidez do queijo à doçura da fruta da época. 

No capítulo das bebidas, a oferta é grande e divide-se entre Spritz – há seis referências que podem ser pedidas em copo ou em jarro -, cocktails clássicos, licores e destilados, e vinhos nacionais e italianos. “Fizemos uma criteriosa seleção de vinhos que harmonizam com a comida que servimos, vinhos gastronómicos, leves e não demasiado complexos”, acrescenta um dos sócios. Entre os destaques estão os dois vinhos Astronauta, o Manda-Chuva, vinho feito em Portugal com a casta Sangiovese, e os italianos Pietro Primitivo (biológico de Puglia) e Umami Renchi Pecorino (de Abruzzo). “Lembrar é fácil para quem tem memória.

Esquecer é difícil para quem tem coração.” A frase de William Shakespeare, inscrita no menu, pode bem ser aplicada à comida que aqui se prova e que dificilmente será esquecida por quem vê no Memoria menos um restaurante e mais uma segunda casa.

Check Also

Queijos Santiago sugere o melhor queijo para a melhor mãe

O Dia da Mãe celebra-se já no próximo domingo e ainda não sabe o que …

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.