Millennials e lojas físicas: a rutura está longe de acontecer

O contexto digital e o comércio online têm vindo a desafiar os modelos de distribuição tradicionais. No entanto, 57% dos Millennials europeus e 58% dos portugueses surpreendem quando afirmam que gostam e lhes dá prazer fazer compras, para além de continuarem a preferir as lojas físicas ao comércio online. Uma ideia contrária à quase exclusiva visão digital e menos consumista a que nos habituámos a fazer desta geração. No entanto, em comparação com a população em geral, os Millennials integram mais o digital na sua experiência de consumo e querem que as lojas tenham em consideração as suas preferências. Para os diferentes players do retalho, o desafio está em saber como ir ao encontro das elevadas expetativas desta geração, com o objetivo de poder enfrentar os gigantes do mundo online. Até porque se são hoje relevantes, serão os principais atores e consumidores no futuro próximo.

As principais lições do estudo

Consumidores Europeus e Portugueses voltam a sorrir

Contrariamente aos choques que registámos nos últimos anos, os resultados deste Observador Cetelem Consumo 2018 confirmam o reencontro com o otimismo e a confiança em todos os países europeus. Quer quando avaliam a situação no seu país, quer a sua situação pessoal, os consumidores veem um futuro promissor.

Millennials: que perceções?

Em tempos de crise, os mais jovens estiveram desencantados e até resignados. Por outro lado, é um hábito secular e continuamos a não fugir à regra: as gerações mais velhas tendem a fazer duros julgamentos das gerações mais novas, o que não contribui em nada para corrigir essa imagem sombria. Surpreendentemente, esta edição do Observador Cetelem Consumo 2018 demonstra que isto não se verifica entre os Millennials europeus e, igualmente, entre os portugueses. Esta é uma geração positiva, com entusiasmo lúcido. Num momento em que o otimismo floresce, veem também o futuro com um “otimismo racional”.

Ao longo deste estudo, deciframos também comportamentos dos Millennials portugueses e descobrimos que não são muito diferentes dos seus congéneres europeus em matérias de consumo. Verificamos assim que a globalização teve consequência na caracterização dos grupos, cada vez mais homogéneos.

É ainda importante verificar que a Geração Y do nosso país se destaca das restantes na sua orientação e dedicação ao trabalho, fruto da conjuntura económica do início da década, que privou muitos de oportunidades e os obrigou a atalhar por caminhos inicialmente pouco expectáveis. Por fim, é igualmente relevante destacar o futuro do comércio físico imaginado por esta geração. Para muitos, na próxima década muitas das imagens que nos habituámos ver em histórias de ficção científica serão postas em prática e tornar-se-ão realidade: do atendimento virtual ao A-commerce.

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