A OXUM inspira-se nos bordados tradicionais para criar peças contemporâneas
As mulheres sonham, a jóia nasce. É esta a história da OXUM que, desde 2014, tem criado e encantado com as suas colecções de jóias inteiramente inspiradas na autenticidade dos lenços dos namorados, sempre feitas à mão, sempre com um toque inesperado e verdadeiramente contemporâneo.
Depois da colecção Audaçias, a próxima paragem é Viana do Castelo.
Os típicos bordados vianenses, com motivos fortes como a japoneira e a camélia, o coração e as flores-coração, o trevo e o cravo, as marias e
mariões, foram o ponto de partida para Carla Mor, co-fundadora e designer da OXUM, criar as 9 peças que integram a colecção Vianense – três pares de brincos, dois anéis, uma pulseira, uma bracelete, um colar e um pendente. Mas a inspiração não fica por aqui como nos diz Carla: “a riqueza destes bordados também nos trazem elementos de ligação, motivos de enchimento e os mais variados pontos”.
Entre linhas simples e formas surpreendentes, detalhes incríveis e materiais nobres, está ainda o facto de cada peça nascer de uma produção slow, onde um único artesão – mestre em técnicas quase extintas – cria cada jóia individualmente, com atenção, com tempo, com paixão.
Aliás, a paixão é a força motivadora da OXUM, basta olharmos para as histórias das mulheres incríveis que estiveram na origem dos bordados de
Viana, como revela Idalina Costa, co-fundadora e responsável pela comunicação e marketing da marca: “os bordados eram um saber-fazer tradicional das mulheres do campo que, por iniciativa da Cruzada das Mulheres Portuguesas, foi transformado numa ocupação com significado económico. Na altura, os homens tinham sido mobilizados para a guerra e este foi um grande exemplo da resiliência destas grandes mulheres que lutaram contra a pobreza usando as mãos e a arte”.
Uma resiliência que se vê e que se sente em cada uma das peças da colecção Vianense, cujos nomes também vieram daquela terra à beira-mar plantada: ViAna, claramente inspirado na lenda que dá o nome à cidade – a do barqueiro que se apaixona pela Ana e que repetia frequentemente: “Vi a Ana”. Idalina acrescenta, “mas como paixões há muitas, também temos a ViAurora e a ViAmélia… e talvez ainda virão outras”.
Uma bela homenagem no feminino, o presente perfeito para oferecer este Natal às mulheres da sua vida… afinal de contas, há uma mulher do Norte em cada uma de nós.