Paisagens da China e do Japão para conhecer no Museu do Oriente

O Museu do Oriente celebra o Dia Internacional dos Museus, 18 de Maio, com um programa de visitas, para adultos e crianças, que convida a descobrir “Paisagens Culturais” nas colecções do Museu. As actividades e a entrada no Museu são gratuitas neste dia, convidando ainda a ver as novas peças do acervo, já em exposição.

Partimos ao encontro destas paisagens, de outros tempos e lugares, nos biombos chineses e japoneses da exposição “Presença Portuguesa na Ásia”, algumas das peças mais emblemáticas do Museu.

Às 10.00, a visita-jogo “Biombos que revelam encontros”, para crianças a partir dos seis anos, propõe ler – como se de uma história ilustrada se tratasse – os biombos namban e perceber como foi o encontro entre portugueses e japoneses no século XVI. Mercadores, marinheiros, monges e músicos são algumas das personagens que vamos identificar e abordar.

O “Biombo de Itsukushima” é o convidado de honra da visita orientada que se realiza às 10.30, destinada a maiores de 16 anos. Para ver, uma animada cena da vida quotidiana japonesa, marcada pela presença de um cortejo muito singular.

Também para o público em geral [maiores de 16 anos], às 11.30, é a vez de explorar as paisagens de Macau e Cantão, representadas em dourado sobre fundos contrastantes, vermelho e preto, cada qual em sua face, no mesmo biombo. Os barcos, portos e figuras representados vão servir de ilustração à história daquele que foi um dos mais activos centros portuários do Sul da China, e através do qual se chegava aos mercados chineses do interior.

O grande navio negro – o kurofune –, a sua tripulação, as mercadorias que transportava, o cortejo que, em terra, ganha forma, os curiosos que acorrem ao porto, a curiosidade, o olhar atento, o pasmo de gestos e atitudes, estão reflectidos no biombo namban japonês, do período Edo (1615-1868), para conhecer na visita orientada que se realiza às 14.30. Trata-se de um registo simultaneamente sintético mas compreensivo, do encontro entre Portugal e o Japão, Ocidente e Oriente, nas vertentes do comércio, da religião, dos modos de vida e comportamentos.

“As paisagens em torno do edifício Pedro Álvares Cabral”, onde o Museu do Oriente está instalado, dá o mote à última visita orientada do dia, às 15.30. Observando o contexto em que se insere o edifício, vai falar-se da sua história, desde meados do século XX e da utilização como armazém frigorífico de bacalhau, até à actualidade.

Aproveitando a entrada gratuita na Museu, os visitantes podem ainda admirar as mais recentes aquisições do Museu, já em exposição. Tratam-se de duas caixas de rapé de fabrico chinês (dinastia Qing, período Qianlong – 1736-1795) e um altar doméstico japonês (Era Meiji: 1867-1902). De destacar as elegantes caixas de rapé, em cobre e esmaltes policromos. Destinadas ao mercado Europeu, estas peças aliam a mestria técnica dos artífices chineses da época aos motivos e formas apreciados durante o Rococó Europeu do século XVIII. Adquiridas com o apoio do Grupo de Amigos do Museu do Oriente, estas peças integram a exposição “Presença Portuguesa na Ásia” (piso 1).

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