Portugal é o 7º país europeu com maior crescimento

Segundo o relatório Growth Reporter referente ao primeiro trimestre de 2017, desenvolvido pela Nielsen, Portugal e Espanha estão entre os países que mais crescem nos Bens de Grande Consumo em toda a Europa.

Crescimento económico melhora e as vendas permanecem estáveis na Europa

No primeiro trimestre de 2017, a Europa apresentou melhorias no que diz respeito ao seu Produto Interno Bruto, mostrando sinais de recuperação do seu crescimento económico. Embora com resultados influenciados pela ausência da semana de Páscoa (ao contrário do período homólogo), a Europa apresentou um crescimento de vendas em valor de 0,2% e um decréscimo em volume de -0,7%. A evolução dos preços situa-se nos 0,9%, o que representa uma ligeira inflação nos primeiros 3 meses do ano.

Segundo o Growth Reporter, países como a Grécia, a Finlândia, a Alemanha, o Reino Unido, a Dinamarca, a França, a Suécia e a Holanda continuam a apresentar crescimentos em valor negativos, sendo que os melhores resultados são registados na Europa Oriental, em Portugal e em Espanha.

Portugal é o 7º país europeu a registar maior crescimento

De acordo com este relatório da Nielsen, no período referente ao primeiro trimestre de 2017, Portugal é o 7º país europeu com maior crescimento em valor (1,6% face ao crescimento de 0,2% da Europa) assim como em volume (0,3% face ao decréscimo de -0,7% da Europa), apresentando um efeito de preço positivo (1,2pp face aos 0,9pp da Europa).

Ana Paula Barbosa, Retailer Services Director da Nielsen, ressalva que “uma das razões para o crescimento mais lento das vendas em volume (em relação aos períodos anteriores) deve-se ao facto de em 2016 o período da Páscoa ter sido considerado neste primeiro trimestre, o que não aconteceu em 2017. E este é sem dúvida um importante período de consumo em Portugal.”

Consumo português recupera de um cenário de deflação

Nos últimos anos, as promoções ganharam especial importância no retalho português, sendo responsáveis por mais de 40% das vendas em valor e conduzindo a efeitos de preços negativos. No primeiro trimestre de 2017, este cenário de deflação apresenta sinais de recuperação, com um efeito de preço de 1,2pp, o mais elevado desde 2012.

Segundo Ana Paula Barbosa, existem duas principais razões para esta estabilização de preços: “Em primeiro lugar, com o aumento da confiança dos consumidores e a estabilização da economia, assistimos também a um aumento da procura de produtos premium, essencialmente quando relacionados com a beleza, a conveniência, a saúde ou as pequenas indulgências.

Por outro lado, verificamos que algumas categorias que no ano passado faziam parte de uma ‘guerra de preços’, nomeadamente os laticínios e os produtos básicos, acabaram por estabilizar os seus preços”, refere Ana Paula Barbosa.

Quais são as categorias mais dinâmicas?

O crescimento registado neste primeiro trimestre deve-se essencialmente aos resultados positivos de categorias como as Bebidas Não Alcoólicas (8%), a Higiene do Lar (4%), a Higiene Pessoal (3%), as Bebidas Alcoólicas (2%) e os Congelados (1%). Tanto a Mercearia como os Laticínios apresentaram crescimentos de 0%, tendo a categoria dos Laticínios recuperado face ao período homólogo (que apresentava um decréscimo de -1%).

Este trimestre caracteriza-se também por uma inversão de tendências, com as Marcas de Distribuição a crescerem 3,5% face a um crescimento de 0,6% por parte das Marcas de Fabricante. Destacam-se as Bebidas, com as Marcas de Distribuição a crescerem 6,6%, e a Higiene Pessoal, com 8,1% de crescimento das MDD+PP face a 1,4% de crescimento nas Marcas de Fabricante.

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