Portugueses consideram pouco frequentes as formações dadas pelas empresas, mas estão satisfeitos com a qualidade

Num contexto em que é essencial combater a escassez de talento e acompanhar as novas tendências tecnológicas cada vez mais disruptivas, o upskilling e reskilling dos trabalhadores – aspetos contemplados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas – assumem destaque como forma de aumentar a competitividade das empresas. De acordo com o World Economic Forum, prevê-se que, até 2025, metade dos trabalhadores frequentem programas de requalificação de competências que alavanquem, principalmente, várias competências digitais ou a utilização mais regular de Inteligência Artificial para a automatização de processos.

Na atual conjuntura nacional, 56% dos inquiridos referem que se sentem muito satisfeitos com a qualidade da formação proporcionada pela entidade empregadora. O mesmo número considera também que a formação se adequa às suas necessidades específicas, bem como os métodos utilizados. Ainda assim, a frequência das formações (49%) é o ponto com a avaliação mais baixa – com apenas 20% dos inquiridos a afirmar ter formações frequentemente ao passo que 49% apenas ocasionalmente. Estas são algumas conclusões que constam do estudo “Desenvolvimento Humano, fator chave para o sucesso de Portugal”, realizado pelo Cetelem – marca comercial do BNP Paribas Personal Finance.

Quanto ao formato, o presencial (78%) é o mais habitual nas formações disponibilizadas pelas empresas, em contraponto com o online. 66% dos inquiridos prefere o regime presencial de formação e apenas 6% prefere o formato online, uma preferência transversal a todas as idades.

As oportunidades de desenvolvimento de carreira são escassas, principalmente para os mais seniores

23% dos inquiridos referem que as oportunidades de desenvolvimento de carreira na empresa para a qual trabalham são frequentes nos seus locais de trabalho. Já 27% dos colaboradores afirmam que são raras e 40% são ocasionais.

Oportunidades como crescimento profissional no mesmo nível de funções (42%) ou mudança para outras áreas ou mercados no seio da empresa (30%) são as mais apontadas no que diz respeito à progressão de carreira. Apenas 15% referem uma mudança para outras funções na mesma área, mas com mais responsabilidades. Quem trabalha em empresas públicas reporta mais oportunidades de crescimento profissional (34%) do que os que trabalham em empresas privadas (20%).

O estudo aponta também a falta de ações de acompanhamento ao envelhecimento dos trabalhadores com um percurso mais longo, com apenas 28% dos inquiridos a referir formações de requalificação em prática nas suas empresas. 22% dos inquiridos dizem que dispõem de programas de transmissão de conhecimento e sucessão e 21% referem que a redução do horário é uma das medidas adotadas pela entidade empregadora.

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