Produto do Ano distingue 36 produtos na edição 2019

Já foram entregues os Prémios aos vencedores do Produto do Ano 2019 numa cerimónia que contou com um debate onde estiveram Sara Fonseca do Lidl, Mário Barreto da Tabaqueira (IQOS), Marta Silva da Oriflame e Patrícia Franganito que representou a Bureau Veritas, tanto na perspetiva de auditoria e certificação das empresas, mas também como criadores do Origin, uma tecnologia que permite rastrear um produto desde a sua origem até à prateleira do supermercado. O debate foi moderado Pedro Andersson da SIC.

A conversa foi liderada pelo lado do consumidor com os intervenientes a explicarem como é que as diversas estratégias no sentido da inovação e sustentabilidade são vistas pelo consumidor. De uma forma geral, os oradores convenceram a audiência, composta na sua maioria por representantes de outras marcas e empresas, de que vale a pena optar por produtos sustentáveis quer ambiental quer socialmente, sejam eles mais caros ou não. Para Sara Fonseca, este género de políticas devem ser “um investimento e compromisso da marca”, seja qual for a área. No caso da Oriflame, Marta Silva acredita que “os portugueses estão cada vez mais conscientes desta realidade e reconhecem-na”, pelo que o trabalho das empresas no âmbito da sustentabilidade está “no caminho certo”. Para a Tabaqueira, a preocupação tem sido reduzir a nocividade do cigarro e, por isso, investiram “num conjunto de 460 cientistas que procuram de forma contínua reduzir o impacto negativo dos produtos do tabaco”. Por seu lado, Patrícia Franganito, garante que tem havido um grande empenho das empresas neste âmbito e adiantou que “o próximo passo passará pelo branding de produto sustentável”, incluindo a sustentabilidade nos valores que se querem projetar através da comunicação de um produto ou marca.

Este ano consumidores portugueses escolheram 36 de entre 89 produtos avaliados, pela sua qualidade e inovação. Segundo o estudo da Netsonda no final de 2018 com 3278 inquiridos, o produto considerado como o mais inovador foi o Swapp, que permite ter um número de telemóvel adicional no smartphone, sem necessidade de Dual SIM e sem pagar por mais tarifários. Aos 36 produtos distinguidos estão associadas 25 marcas, das quais se destaca a NOS premiada com 5 Produtos do Ano.

Nesta avaliação anual nota-se que o país está cada vez mais aberto à inovação e à novidade, já que os consumidores portugueses gostam cada vez mais de experimentar novos produtos, de acordo com 91% das respostas (mais 2% que na edição anterior). Esta ideia sai reforçada quando 76% dos consumidores garantem estar dispostos a pagar mais por um produto novo que os satisfaça, continuando a privilegiar a relação qualidade/preço. De realçar ainda que 40% dos consumidores considera os produtos em avaliação como atrativos, os mesmos que os consideram muito inovadores.

No que diz respeito à expectativa em relação aos novos produtos, o consumidor português está dentro das tendências de consumo por considerar a comodidade e a facilidade como fatores relevantes. A prová-lo está o crescimento, no espaço de um ano, dos aspetos relacionados com a poupança de tempo (gosto de produtos que me façam ganhar mais tempo) com 36% das preferências (mais 2% que em 2017) e da comodidade (produtos que eu possa levar para todo o lado) com 32% das preferências (mais 12% que em 2017) em especial junto do segmento feminino.

Em contraste com o crescimento destes valores, está a perda de interesse por produtos que melhorem a saúde com apenas 49% das preferências (menos 10% que no ano anterior), sendo os homens os mais preocupados com esta questão.

Ainda na linha das descidas está o interesse por produtos mais naturais agora com 33% de interessados (menos 6% que em 2017). Neste estudo foi também possível aferir que 19% dos portugueses gostam mais de produtos que os divirtam, mas não dão tanta importância a produtos apenas pelo seu sabor ou gosto, segundo 18% dos inquiridos, numa opinião partilhada sobretudo por mulheres.

Uma das surpresas do estudo foi identificar que, pela primeira vez, as mulheres demonstraram maior interesse do que os homens em produtos com novas tecnologias (preferidos por 32% dos inquiridos).

Numa era marcada pelo digital, a verdade é que a maioria dos produtos são mais vistos em loja para 63% dos inquiridos, com os meios online a serem preferidos por apenas 33%. Também a televisão (25%) e os folhetos (22%) continuam a ser meios privilegiados para conhecer estes novos produtos. Em extinção podemos considerar os mallings por correio, com apenas 2% das referências.

Por fim, quando questionados sobre as principais razões de não compra de novos produtos, a maioria das repostas, ainda que com valores baixos, são o preço (com 27% das respostas), o facto de o consumidor “não ver o valor de produto/não é para mim/minha família” (15%) ou até mesmo por não conhecer o produto (9%).

O Produto do Ano é o único método de avaliação da inovação em produtos com presença mundial. Atualmente em 46 países, o seu objetivo é guiar os consumidores até aos melhores produtos no mercado e premiar os produtores pela qualidade e inovação. Em Portugal, o Produto do Ano constitui um poderoso instrumento de marketing para as empresas premiadas, com resultados comprovados no aumento de vendas, da distribuição e da notoriedade da marca.

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