Quatro formas como a tecnologia mudou as nossas relações amorosas (para melhor)

Diva Hurtado, Digital Lifestyle Expert na Dashlane

É inegável que a Internet e as redes sociais transformaram a forma como namoramos e “navegamos” nas nossas relações. Desde a pesquisa exaustiva no Google antes do primeiro encontro, passando pelo swiping de estranhos, até ao envio de mensagens ao nosso parceiro enquanto nos encontramos do outro lado do sofá, a tecnologia alterou a forma como nos encontramos, comunicamos, e nos mantemos em contacto.

Em preparação para a data em que se celebra o amor, o Dia dos Namorados, estamos a analisar algumas formas como a tecnologia mudou as dinâmicas das relações. Normalmente, artigos como este estão cheios de desgraça e de tristeza sobre o declínio do contacto visual e os horrores da cultura de conveniência, mas, após um ano em que a necessidade de contacto social mediado pela tecnologia se tornou numa salvação em vez de num problema, decidi optar por um ângulo mais animador.

Portanto, aqui estão quatro formas como a tecnologia mudou as nossas relações amorosas – para melhor!  

Temos mais opções

O velho provérbio “Há muito peixe no mar” parece soar verdadeiro quando se trata de aplicações de encontro (isto é, se se definir o raio a mais de um quilómetro de distância). De acordo com um estudo de investigação da Pew, de 2020, 30% dos adultos nos EUA já usaram ou usam uma aplicação para encontros. Essa percentagem aumenta para 48% em adultos com idades entre os 18 e os 29 anos, e para 55% para adultos que se identificam como lésbicas, gays ou bissexuais. O que antes era estigmatizado é agora prática geral quando estamos à procura de alguém especial. No nosso mundo cada vez mais isolado, as aplicações de encontros quebram o gelo digital e facilitam a aproximação a alguém novo, uma vez estabelecido um interesse mútuo.

Não há rio (ou mar) suficientemente largos para nos impedir de chegarmos uns aos outros

Esqueça os métodos de comunicação romantizados como o envio de cartas, pombos-correio, ou mensagens numa garrafa – nós temos Wi-Fi. Com as características das aplicações de encontros – como a opção passaporte do Tinder, que lhe permite percorrer o mundo em vez de apenas a sua localização atual -, e mais de 5 mil milhões de pessoas com telemóveis em todo o mundo, não só pode conhecer alguém de longe, como também pode manter uma relação que transcende a geografia e os fusos horários.

Mensagens de texto, fotografias, mensagens diretas, FaceTime, e Zoom permitiram conectarmo-nos com os nossos entes queridos, por toda à parte, à medida da nossa vontade. Tal como todos aprendemos a adaptar-nos a uma nova forma de socializar durante a pandemia, os casais podem usar métodos mais criativos para se tornarem parte da rotina diária um do outro, mesmo que não estejam frente a frente. Por exemplo, o USA Today sugere fazer caminhadas através do FaceTime com o seu parceiro, ou utilizar a função “festa” da Netflix para ver filmes “juntos”.

Podemos reconectar-nos com velhos amigos e “chamas” antigas

Mantermo-nos a par de todos os que conhecemos nunca foi tão fácil, especialmente com a quantidade das nossas vidas que partilhamos online (embora devêssemos estar conscientes de não partilhar em demasia). A Internet também facilita a reconexão com pessoas do nosso passado. Normalmente, uma simples pesquisa no Google (ou Facebook, ou Instagram) traz ao de cima o paradeiro de uma antiga “chama”. Ou, então, podemos voltar aos métodos de comunicação pré-sociais, ligando a toda a gente nas Páginas Amarelas com o nome do nosso ex.

Há mais formas de expressar os nossos sentimentos

Embora o debate “falar versus enviar mensagens” seja altamente disputado, não há como negar que as mensagens de texto assumem a dianteira quando se trata de comunicação moderna. Quer estejamos a passar notas virtuais com os nossos parceiros ao longo do dia de trabalho, a começar um pedido partilhado no Uber Eats, ou a colocar like na sua nova fotografia gira do Instagram, a comunicação tornou-se mais frequente agora que pode ser feita de forma conveniente, leve, e não exige a atenção imediata que nem sempre podemos ter.

Há também outro benefício em enviar mensagens de texto: a sua natureza assíncrona dá-lhe tempo para elaborar uma resposta. Isto pode ser mais crucial nas fases iniciais das relações, mas as mensagens de texto permitem-lhe formular respostas espirituosas que podiam ter sido um fiasco na vida real ou manter um limite importante ao qual se podia ter cedido pessoalmente. Além disso, pode-se embelezar textos com emojis, gifs e fotografias, acrescentando significado e detalhes que nem sempre são possíveis apenas com palavras.

Por isso, fique em casa e planeie formas virtuais de mostrar amor extra a alguém antigo ou novo, neste Dia dos Namorados.

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