Teste iRobot: “Roomba 896 (ou Alfred) aspira-me a casa como só tu sabes!”

Determinada, olhei para ele e avisei-o de quão curta iria ser a nossa relação e que não podia criar laços com ele, mas a primeira coisa que fiz mal descarreguei a aplicação iRobot Home foi dar-lhe um nome. Foi o primeiro passo para estabelecer uma relação. Depois li as instruções e pu-lo a trabalhar e foi aí que a minha relação com o Roomba 896 mudou. Alterei-lhe novamente o nome e passei a chamá-lo Alfred, como o eficientíssimo, versátil e inteligente mordomo do Batman…

Chamar “mordomo” ao Roomba 896 da iRobot é capaz de ser um pouco demais, até porque não executa as outras tarefas inerentes ao cargo. A função do Roomba é aspirar, foi para isso que foi concebido, e a sua única tarefa é executada meticulosamente e sem desiludir.

Mas comecemos pelo princípio. O Roomba 896 (ou Alfred como gosto de o tratar) chegou-nos para teste dentro da caixa original. Lá dentro estavam o robot propriamente dito ainda com as tiras protetoras, duas pilhas para a parede virtual – um acessório também incluído que quando ligado, limita o acesso do Roomba a uma determinada área, por exemplo impede que passe de uma sala para outra ou, em caso de estar em modo Halo, cria um arco que limita o acesso. Isto é útil em caso querer evitar que o Roomba embata contra objetos no chão que queira proteger, como é o caso de jarros pouco estáveis, ou mesmo o comedouro dos animais domésticos.

Testar as suas capacidades até ao limite

Decidi que o iria “levar ao extremo”, testar as suas capacidades até ao limite, verificar se realmente deteta degraus e não cai e…. levá-lo a limpar pelos de animais.

Não tendo nenhum animal doméstico em casa, a solução foi recorrer a quem tivesse. Não foi preciso ir longe, apenas até à vizinha do lado que tem um gato persa de longo pelo branco que, no chão também branco, dificilmente se vê. O convite para o teste foi bem recebido e lá fui eu, não no dia combinado mas dois dias depois. Resultado, a vizinha já tinha aspirado tudo no dia anterior à tarde e já tinha voltado a colocar no chão o tapete de Arraiolos depois de sacudido e aspirado, naquele mesmo dia, de manhã. O meu primeiro pensamento foi: “Alfred, não me deixes ficar mal! Tu consegues!” E “libertei-o” numa área de aproximadamente 15m2, de chão de mosaico com um tapete de arraiolos, tudo aparentemente limpinho e aspirado. E ele foi, resoluto, à conquista de todos os pelos e pó que pudessem ter escapado à limpeza prévia. Deixei-o trabalhar durante aproximadamente 15 minutos, afinal, era só um teste… e o resultado espantou. O depósito que tinha sido previamente esvaziado para não haver dúvidas, estava quase cheio de lixo entre o qual, muito pelo branco…

Depois de puxar para cima o queixo caído da vizinha, que inicialmente se tinha mostrado pouco convencida de que o Roomba 896 iria apanhar lixo uma vez que o tapete e o chão tinham sido aspirados poucas horas antes, agarrei orgulhosa no Alfred e disse-lhe que tinha passado com distinção no teste. No resto desse dia dei-lhe descanso – ele regressa sozinho à base para recarregar e também quando completa um ciclo de limpeza.

Fios e cortinas, cadeiras e sofás, degraus e paredes virtuais

Mas no dia seguinte continuei com os testes. Queria ver como se saía com fios e cortinas, cadeiras e sofás, se detetava degraus e limites impostos pela parede virtual. Passou em todos. O Roomba não se atrapalhou com os fios, aliás os fios é que se atrapalham com ele. O robot passa por cima deles mas pode acontecer que ao serem mexidos podem ser puxados e se os fios estiverem agarrados a alguma coisa que possa ser facilmente arrastada pode fazer danos, caso de candeeiros de mesa, computadores. No meu caso os fios pertenciam a colunas de som e não houve problema, o Alfred passou por eles sem dificuldade e não derrubou a coluna. Aliás, até passou por cima da base da coluna para a limpar. Com as cortinas aconteceu o mesmo, passou por ela e não teve problemas. A questão maior prende-se com as cadeiras e com os sofás. Se as pernas das cadeiras tiverem largura suficiente para o Roomba entrar, ele limpa sem dificuldade e sai. Se a largura for mesmo tangencial, o Roomba entra mas dá algumas voltas até perceber por onde vai voltar a sair. Mas aí o problema não é do robot, é das cadeiras. O mesmo acontece com os sofás. Se a altura por baixo do sofá for suficiente para deixar entrar o Roomba, ele entra e limpa, mesmo se for muito à justa. Se o sofá não tiver altura suficiente, obviamente o robot aspirador não vai entrar e isso acontece com qualquer móvel que não tenha essa altura ou largura mínima para que possa desempenhar a função para a qual foi concebido.

Uma das conveniências do Alfred foi que estivemos sempre em contacto graças à aplicação que me permitiu controlá-lo via wifi e com smartphone a partir de qualquer lugar. É uma funcionalidade que chegou à série 800 do Roomba. Assim quando soube que ia ter visitas abri a aplicação e cliquei no botão “Clean”. Quase que o podia imaginar a sair da sua dock station e partir, qual cavaleiro andante, à conquista do seu território sujo. E o melhor é que também o pude programar para limpar os dias que quisesse à hora que quisesse, sem ter de me preocupar em lembrar-me disso. No fim, apresentava-me o relatório de limpeza que é como quem diz: “já viste como tinhas a casa?” Pois é, com o Roomba 896 percebi que tinha a casa com mais pó e sujidade do que julgava o que no final do teste me deixou com um problema: ou compro um Roomba, ou terei de limpar a casa mais vezes.

Limpeza e cuidado: meio caminho para a perfeição

O robot utiliza a tecnologia de Limpeza 3 Fases AeroForce e por isso vai limpar sempre em pleno pois o poder de sucção deste modelo é cinco vezes maior do que na série 600 e vem equipado com extratores de detritos anti-emaranhamento o que impede os bloqueios causados pelos cabelos e permite uma limpeza mais fácil. No fundo, o Roomba 896 além da escova lateral que permite recolher sujidade nos cantos, não traz outras escovas normais na sua base. Vem equipado com uns cilindros extratores cuja forma impede que os cabelos fiquem emaranhados como numa escova normal, cuja limpeza além de difícil é extremamente desagradável. Neste caso a limpeza é muito fácil e rápida. Retirar e voltar a colocar os cilindros é intuitivo e fácil. Os detritos, em particular os cabelos, limpam-se muito facilmente do seu interior. O reservatório, por não ser muito grande e dependendo do grau de sujidade da superfície, pode encher-se rapidamente. Nesse caso ele avisa, não só através da aplicação mas também por um sinal indicador vermelho. Nessa altura temos de esvaziar o depósito, limpar os filtros e os sensores. Regularmente, a roda frontal do robot também pode e deve ser limpa. Pode parecer assustador puxá-la, mas basta um pouco de firmeza e ela sai e pode ser limpa. Não imaginam a sujidade que se acumula ali, principalmente no eixo. Na verdade, manter o Roomba limpo é meio caminho para que este desempenhe a sua função na perfeição.

O novo Roomba 896 está disponível no mercado com um preço de 729€.

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