Semana da Incontinência Urinária alerta: Apenas 10% dos doentes recorrem ao médico

Segundo dados da Associação Portuguesa de Urologia (APU), apenas 10% dos doentes com incontinência urinária contactam o médico e os restantes recorrem à automedicação ou à autoproteção.

Na semana da Incontinência Urinária, que se assinala entre 21 e 25 de março de 2016, a APU revela que a patologia afeta 20% da população portuguesa com mais de 40 anos e que um em cada cinco portugueses nesta faixa etária sofre deste problema. Atualmente, cerca de 33% das mulheres e 16% dos homens com mais de 40 anos têm sintomas de incontinência urinária.

As perdas involuntárias de urina são extremamente comuns. Porém, é um sintoma que define um problema de saúde pública, com um impacto social e económico considerável. Mesmo as mais pequenas perdas de urina têm implicações na qualidade de vida, atingindo o âmbito físico, social, sexual e psíquico, com consequências a nível emocional.

Uma vez que estamos perante um tema do foro íntimo, a incontinência urinária ainda é encarada como um tabu, que condiciona a vida do doente a vários níveis: pessoal, familiar, social e laboral. Este problema pode conduzir a uma fuga do contacto social e ao isolamento, porque está sempre presente o medo e a vergonha de que os outros sintam o cheiro. Pode afetar também a relação conjugal, uma vez que a intimidade do casal é prejudicada.

Tratamento da Incontinência

O diagnóstico da incontinência urinária tem início no historial clínico do doente, que descreve em que condições sofre de perdas de urina. Para que se possa optar pelo tratamento mais adequado, é necessário realizar um diagnóstico preciso com base num exame físico dirigido, com pequenas manobras que tentam mimetizar a perda de urina.

Na última década, foram feitas importantes descobertas nesta área. Existem, inclusivamente, formas de incontinência urinária que são tratadas com medicamentos ou técnicas de reabilitação, e a maioria das cirurgias quase não implicam internamento, sendo a vida normal retomada horas ou poucos dias depois.

O tratamento cirúrgico desempenha um papel preponderante na incontinência urinária de esforço, tanto na mulher, como no homem. Para a incontinência urinária de esforço a cura é possível em cerca de 90% dos casos.

Na incontinência urinária por imperiosidade, o tratamento com fármacos orais (cuja ação estabiliza o músculo inibindo a sua contração involuntária) consegue melhorias sintomáticas na maioria dos doentes. Nos casos em que não é possível terapêutica oral, pode recorrer-se à administração de fármacos diretamente na bexiga, um procedimento simples, com eficácia e segurança.

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