SPG faz radiografia das práticas contracetivas das mulheres em Portugal

A internet, os amigos são as principais fontes de informação sobre conceção para as mulheres mais jovens ao passo que para as mulheres mais velhas são os profissionais de saúde. Esta é uma das conclusões do estudo “Avaliação das práticas contraceptivas das mulheres em Portugal” apresentado durante o Congresso Português de Ginecologia. Este foi o maior estudo de sempre realizado em Portugal na área da contraceção e que analisou os hábitos contracetivos de 4.000 mulheres do país, com idade entre os 15 e os 49 anos.

O estudo, que surgiu de uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Ginecologia e da Sociedade Portuguesa de Contracepção, apoiado pela multinacional farmacêutica Gedeon Richter, teve como objectivo avaliar as práticas contracetivas das mulheres em Portugal, mas pretendeu também avaliar o conhecimento das mulheres sobre os métodos contracetivos, fazer a caracterização das expectativas das mulheres face à contraceção e avaliar o impacto do uso de contraceção na qualidade de vida das mulheres. O estudo compara ainda os resultados e a evolução face ao inquérito anterior, realizado há uma década.

De acordo com o estudo, 70% das adolescentes teve acesso a educação sexual, sendo a internet e os amigos as fontes de informação. Mas de uma forma geral é o médico o maior aconselhador sobre o método de contraceção.

O mesmo estudo refere ainda que 50% das mulheres inquiridas adquire o contracetivo no SNS e que 94% das mulheres sexualmente ativas utilizam a contraceção, sendo a pílula o método mais utilizado, seguido do preservativo masculino. O preservativo feminino continua a seu um método pouco escolhido, com apenas 0,1% de utilizadoras.

Quanto ao comportamento, 22% das mulheres que utilizam a pílula esquece-se frequentemente de a tomar e 88% das mulheres conhece a pílula de emergência, tendo 17% afirmado já ter tomado, com 53% a serem aconselhadas pelo farmacêutico ou amigos.

Uma larga percentagem de mulheres que utiliza o preservativo masculino, 80%, utiliza-o pensando na contraceção e na prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis.

A qualidade de vida de 81% das mulheres melhorou com o uso de contraceção, mas existe uma tendência, desde o último estudo em 2005, para o maior uso de métodos não dependentes da utilizadora, ou seja em 2005, 62% das mulheres utilizavam a pílula, enquanto em 2015 esse valor diminuiu para 58% enquanto outros métodos como o anel vaginal, os selos/adesivos e os implantes, aumentaram as suas quotas de utilização nas mulheres.

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