Tartaruga marinha “Mel” morre após reintrodução no oceano

É com muita tristeza que o Oceanário de Lisboa comunica que a tartaruga “Mel” morreu e foi encontrada numa praia perto de Alicante, em Espanha.

No dia 12 de junho, a jovem tartaruga foi reintroduzida no seu habitat natural pela equipa da Área de Recuperação Animal (ARCA del Mar) do L’Oceanogràfic de Valência, com um transmissor via satélite colocado pelo Oceanário que permitiu o acompanhamento dos seu movimentos até ser encontrada sem vida, no dia 21 de junho, perto de Alicante.

Segundo Núria Baylina, Curadora do Oceanário, “a necropsia realizada foi inconclusiva, no entanto foi possível observar que a tartaruga tinha vindo a alimentar-se normalmente. Também, através da análise dos dados do transmissor de satélite, conseguimos saber em que dia e a que hora ocorreu o último mergulho ‘normal’ e, com estes dados, concluímos que a causa de morte terá sido um provável embate com uma embarcação ou enredamento numa arte de pesca”. Núria Baylina salientou ainda “O L’Oceanogràfic de Valência e o Oceanário de Lisboa empreenderam todos os recursos ao seu alcance para voltar a ter a “Mel” a nadar livremente nos oceanos depois de ter recuperado dos ferimentos que a afetaram em 2011”.

Para o Oceanário de Lisboa este caso inspira a refletir sobre o impacto das atividades humanas na vida destes animais extraordinários, tornando-se urgente a alteração de comportamentos para que possamos continuar a beneficiar da presença desta e de outras espécies nos oceanos. O Oceanário acredita que a tartaruga marinha “Mel” foi uma verdadeira embaixadora da sua espécie e da conservação dos oceanos.

‘Mel’, a tartaruga marinha da espécie Caretta caretta, foi capturada acidentalmente, no dia 4 de fevereiro de 2011, por um barco de pesca ao largo da costa de Castellón (Valência). A pequena tartaruga, foi recebida pela Área de Recuperação Animal (ARCA del Mar) do L’Oceanogràfic de Valência, onde teve a atenção e os cuidados da equipa de veterinários. Após a sua reabilitação, a tartaruga foi cedida ao Oceanário, em junho de 2011, para que pudesse crescer e readaptar-se ao meio marinho, tendo sido integrada na exposição temporária “Tartarugas marinhas. A viagem”, onde coabitou com outras espécies num aquário especialmente desenhado para acolher estes répteis marinhos.

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