The Sweet Art Museum: um local doce que abraça a felicidade

Hansel e Gretel, os protagonistas do conto de Hans Christian Andersen iriam sentir-se como se estivessem a entrar na Casinha de Chocolate se pudessem visitar o The Sweet Art Museum, localizado, ironicamente ao pé da rua do Açúcar, em Marvila, mas desta vez sem bruxa. O mesmo aconteceria com o protagonista do filme Charlie e a Fábrica de Chocolate de Willie Wonka ou mesmo com Alice ao entrar no seu País das Maravilhas.

Mas antes de mais nada convém explicar que o The Sweet Art Museum não é um museu qualquer. É um espaço onde as palavras de ordem são a diversão, partilha e interação com alguns doces à mistura. Não é um museu de doces. Aliás, mais do que um museu, no seu sentido mais estreito, é um espaço de fantasia e doçura onde tudo é possível, onde os gelados são gigantes, os baloiços são nuvens, os unicónios existem, os marshmellows formam uma piscina e em que tudo é cor-de-rosa…O mal ficou lá fora, ali nada nos atinge. É como se transpuséssemos um portal para uma dimensão docemente mágica.

Para termos todas estas sensações é preciso abraçar o conceito lato do espaço e deixar-nos contagiar pela cor, pela fantasia, pela alegria e deixar o mundo real lá fora. Por isso o primeiro passo é abraçar a diversão. Aliás à entrada os avisos estão escritos numa parede rosa choque: “é permitido espalhar a felicidade, colorir a vida, saborear o momento, usar o melhor sorriso, tirar a foto perfeita e partilhar a experiência.

O espaço é relativamente pequeno e está dividido por oito salas pelo que só podem entrar até determinado número de pessoas de cada vez até porque a ideia é permitir que todas tenham oportunidade de experimentar e interagir com tudo e fazer as fotos que se quiser. A estrela do lugar, a piscina de marshmallows, está logo na primeira sala e existe um limite de tempo de 10 minutos para lá estar. Dentro da piscina estão os ditos marshmallows que não são, como é óbvio, reais. São mais de 10 mil cilindros brancos e cor-de-rosa em esponja. Para lá entrar é necessário tirar os sapatos e tudo o que se possa soltar e perder-se lá dentro. Existem cacifos disponíveis na sala para deixar as carteiras, os sapatos, ou que for necessário. Uma vez lá dentro é agarrar nos telemóveis e fazer fotos, selfies, boomerangs, vídeos e divertir-se muito. Aliás, o Sweet Art está todo concebido para os nativos digitais, os millenials e todas as gerações que gostam e interagem nas redes sociais ou simplesmente gostam de tirar fotografias divertidas.

E onde estão os doces que se comem, perguntarão? Eles existem. À saída de algumas das salas somos presenteados com alguns, nomeadamente um cone de papel com três coloridos e verdadeiros marshmallows, uma bola de gelado, gummy bears e rebuçados.

Quando saímos da Splash Mallow Pool, entramos na Ice Cream Land passando pela Happy Wall onde é definido o conceito de Feliz. Na Ice Cream Land existem “gelados” gigantes em cone, sanduiches e de pauzinho. À saída somos brindados com uma bola de gelado artesanal. No primeiro mês o sabor distribuído é de “ovos-moles” e foi escolhido por votação contra o sabor “pastel de nata”.

O mundo dos chupa-chupas chega-nos no Candy Wash! Se na primeira sala havia uma piscina de marshmallows, aqui existe uma banheira de pés cheia de bolas coloridas a imitar guloseimas onde também podemos entrar. Nas paredes e no chão, espirais fazem lembrar os grandes chupa-chupas circulares.

Na sala seguinte somos confrontados com Gummy Bears gigantes num chão axadrezado, em que os Gummy Bears são peças de xadrez. Aqui entramos na dimensão da realidade virtual através do Gummy Game. Um jogo em que os visitantes colocam os óculos de realidade virtual e enchem a sala de gummy bears. Aliás a vertente tecnológica está presente não só neste jogo de realidade virtual, como também na aplicação que se pode descarregar antes de entrar no museu. Nesta sala há um esconderijo “escondido”, toda espelhado, com a palavra sweet escrita por todos os lados. No final, fomos presenteados com Gummy bears!!!

Os chupa-chupas regressam no Pop Circus com um carrossel onde os bancos são chupa-chupas de bola são mais uma oportunidade para umas fotos. Um arco-íris leva-nos até ao mundo dos Sonhos (Sweet Dreams) onde as nuvens são baloiços e os unicórnios são criaturas “reais”. O unicórnio é a única instalação onde não se pode sentar, mas poderá experimentar o baloiço-nuvem.

A última sala é a Lucky Fruits em que frutas, cor, doces e uma cara com uma língua gigante mostram diferentes texturas.

O The Sweet Art Museum tem como objetivo dar a conhecer e promover a arte nacional, daí haver apontamentos como a calçada portuguesa em alguns pontos. Para esta primeira edição em Lisboa, os responsáveis pelo museu pop-up elegeram a artista contemporânea e irreverente, Maria Imaginário.

O museu vai ficar patente até final de agosto, depois a ideia é levar conceito a outras cidades da Europa. Está localizado na Rua José Domingos Barreiros, Ed. 5, cruzamento com Rua do Açúcar (Marvila). Abre Seg, Qua-Sex entre as 11.00-21.00 e Sáb-Dom 10.00-20.00. Custa 20€ por pessoa e por cada bilhete vendido, um euro reverte para a Associação Terra dos Sonhos.

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