10 anos de Invisível: um sucesso evidente que casa com vários sabores

No dia 1 de Abril a Ervideira apresentou ao mercado a sua nova produção de Invisível que este ano celebra 10 anos desde a primeira edição do primeiro “blanc de noir” de Portugal, que a empresa fez chegar ao mercado.

A primeira edição foi a colheita de 2009 e até hoje nunca mais parou de crescer, num perfil mais ou menos constante, com as variações naturais de cada ano, mas consistente!, ultrapassando já o meio milhão de garrafas vendidas.

Para celebrar os 10 anos de produção e para demonstrar a versatilidade deste vinho, a Ervideira organizou um desafio que consistiu na harmonização do Invisível servido a diferentes temperaturas com diversos pratos. A ideia foi viver o que qualquer consumidor vive num restaurante ou em casa, já que normalmente abre uma garrafa para acompanhar os diferentes pratos pedidos.

O Invisível acompanhou todo o almoço que decorreu no Solar dos Presuntos, desde o welcome drink, passando pelas entradas: presunto, chouriço, queijo, pastéis de bacalhau, empanada, pataniscas, polvo à galega, camarões com piri-piri, ameijoas à Bulhão Pato, filetes de peixe galo com açorda de lavagante, cabrito no forno, terminando com uma sobremesa forte como o Pudim Abade de Priscos, sempre servido a diferentes temperaturas: mais fresco com as entradas e mais ameno com a carne. O resultado foi sempre o mesmo: acompanhava bem.

“Claro que o Invisível casará especialmente com alguns pratos, mas arrojado é submeter aos especialistas, apenas um copo e o mesmo vinho, em que a única evolução foi a temperatura”, diz Duarte Leal da Costa, director executivo da Ervideira.

A história do Invisível começou em 2007 quando a Ervideira trouxe para Portugal “vários “blancs de noir”, produzidos na Suíça, Alemanha, Luxemburgo e França, para uma prova interna. Dos 26 vinhos provados, poucos (ou praticamente nenhuns) foram do agrado”. Foi quando nasceu a vontade de “criar um “blanc de noir” que fosse do nosso agrado e que, certamente, seria do agrado do consumidor português”. Dois anos depois de estudar a tecnologia e de afinar a qualidade do produto, nasceu o primeiro Invisível da Ervideira, um vinho que o consumidor provou, gostou, comprou, e recomprou… tendo sido produzidas 500.000 garrafas em apenas 10 anos.

Depois de vários desafios que passaram desde a dúvida em certificar o vinho como um tinto (pois era feito a partir de uvas tintas) ou se como um branco (pela sua cor). Apresentado o caso à Comissão Vitivinícola do Alentejo (CVRA) o vinho foi aprovado como DOC, no entanto após a aprovação, logo veio a reprovação, pois tratava-se de uma monocasta e como tal não poderia ser DOC, sendo certificado como Vinho Regional Alentejano Branco.

O desafio seguinte foi a garrafa. A dúvida que se colocava era se o vinho manteria a cor incolor ou se esta evoluiria. Não havia ninguém a quem perguntar e optou-se por se escolher uma garrafa escura tipo Borgonha – que no Alentejo só se utilizava poucas vezes e normalmente para tintos de grande destaque – para o proteger da luz.

O nome surgiu por acaso, durante um almoço de cozido em que um comentário exteriorizado salientou a “espetacularidade” do vinho, que “ainda que não tenha cor casa bem com os pratos pela imensa força que tem”, caracterizando-o como um vinho “Invisível”.

A produção deste vinho está a cargo do Enólogo, Nelson Rolo, que rapidamente abraçou este desafio acabando por escolher a casta Aragonez graças à sua polpa incolor e aromática. Nesta técnica, a colheita é feita exclusivamente à noite, o que permite uma temperatura mais baixa para não haver nem oxidação nem fermentação. Depois, imediatamente após a vindima, tirar o primeiro sumo – conhecido por lágrima – pretende-se inibir a oxidação e fermentação, sendo o mosto imediatamente separado das peliculas de forma a não obter qualquer cor.

Este mosto é transportado em camião frigorífico até à Adega, onde é conduzido por gravidade à câmara de frio, permanecendo a decantar durante 24horas a muito baixas temperaturas. Após este processo, o mosto é inoculado com leveduras selecionadas, decorrendo a fermentação à temperatura controlada de 12ºC, durante 30 a 45 dias. O estágio é feito em cubas de inox durante aproximadamente 6 meses.

Segundo Nelson Rolo, “importa explicar que de cada quilo de uvas apenas 10 a 15% do seu sumo de lágrima é capaz de produzir este vinho, de caracter único, com notas de chá, frutos secos e de pera, um vinho em tudo diferente de qualquer outro vinho branco.”

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