Chega amanhã às livrarias portuguesas «1917 – o ano que mudou o mundo», de Angelo D’Orsi, um livro que analisa os acontecimentos mais marcantes e determinantes ao longo de cada um dos 12 meses desse ano e que sugerem ligações e estabelecem paralelos com os nossos dias.
Capítulo a capítulo, e mês a mês, o autor constrói uma narrativa que une esses eventos e e que contribui para se compreender a importância de 1917 nas ideias políticas e mundiais e o percurso da História. Miguel Real, prefaciador deste livro, afirma que se trata de «(…) oportuna leitura, contribuindo de um modo decisivo para a consciencialização dos traços fundamentais da história internacional do século XX.»
Em «1917 – o ano que mudou o mundo», são abordados de forma pormenorizada os seguintes episódios:
- Janeiro: A guerra submarina.
- Fevereiro: A revisão da Constituição Mexicana; o conflito com a Igreja Católica.
- Março: «Revolução de Fevereiro» na Rússia; o Czar Nicolau é forçado a abdicar pelos Mencheviques.
- Abril: Entrada dos EUA na I Guerra Mundial; publicação das «Teses de Abril», de Lenin, no Pravda.
- Maio: As aparições de Fátima; os três pastorinhos; a Igreja Católica e a intensificação do culto mariano, o mês sobrenatural.
- Junho: Pesadas derrotas para os aliados; guerra aérea intensifica-se; a Grécia entra na Guerra.
- Julho: Formação da Jugoslávia.
- Agosto: Papa Bento XV toma uma posição pública contra o «massacre inútil» que banha o Mundo de sangue; fica conhecido como o primeiro papa pacifista.
- Setembro: Manifestações pacifistas ani-guerra alastram por várias cidades europeias.
- Outubro: Mata Hari é executada em Paris; as tropas italianas são derrotadas em Caporetto, memória que viria a servir a retórica de Mussolini.
- Novembro: Aprovação da Declaração de Balfour, primeiro passo para a fundação do Estado de Israel e para uma nova organização do Médio Oriente.
- Dezembro: Nasce o Fascio Parlamentare di Difesa Nazionale, partido precursor do fascismo de Mussolini.