29 anos é a idade média de saída da casa dos pais

51% dos portugueses entre os 50 e os 65 anos afirma ter descendentes a viver na sua habitação. Na Europa, este valor é ultrapassado apenas por Espanha, onde 57% dos seniores afirma partilhar casa com filhos, netos ou bisnetos. Esta tendência verifica-se nos países mediterrânicos e nos países do leste europeu, onde é igualmente comum permanecer em casa dos pais.

A idade média de 29 anos para sair de casa da família, em Portugal e Espanha, é também das mais elevadas da Europa, onde a média é aos 26 anos. Somente os italianos e eslovacos saem de casa mais tarde, aos 30 e aos 31 anos, respetivamente. Em comparação, os jovens dinamarqueses são os que saem de casa mais cedo, aos 21 anos, seguidos pelos britânicos e pelos alemães. Estes são também os países onde uma menor percentagem de seniores tem descendentes a viver consigo.

«Em Portugal, a idade para sair de casa dos pais é elevada (29 anos). Este é um fenómeno que pode ser explicado pelo prolongamento dos estudos e pelas dificuldades de acesso ao mercado de trabalho, assim como pelos casamentos mais tardios», refere Diogo Lopes Pereira, diretor de marketing do Cetelem.

Apoio a pais idosos é comum em Portugal

Na Europa, 46% dos seniores tem pelo menos um dos seus ascendentes vivo e 5% tem pais ou padrastos a viver consigo. À semelhança da partilha de casa com filhos e netos, é também nos países mediterrânicos e do leste europeu onde a coabitação com ascendentes é mais elevada. 8% dos portugueses com mais de 50 anos tem um ascendente a viver na sua casa, um valor partilhado com a Itália e ultrapassado apenas pela Roménia, que regista 10%.

«Em países como o Reino Unido ou a Alemanha, a solidariedade entre gerações é menos intensa. O mesmo se passa com o modelo escandinavo, através do qual o estado liberta os cidadãos da responsabilidade de cuidar dos familiares idosos. Desta forma, o facto da coabitação intergeracional ser mais frequente em determinados países, como Portugal, não resulta apenas da crise económica, mas também dos próprios fatores culturais»”, conclui Diogo Lopes Pereira.

Para as análises e previsões deste estudo foram inquiridos 10.673 europeus com amostras de, pelo menos, 800 indivíduos por país, das quais pelo menos 275 com idades entre os 50 e os 75 anos. O inquérito, feito através da Internet, realizou-se em 13 países: Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Itália, Portugal, Reino Unido, Hungria, Polónia, República Checa, Eslováquia e Roménia. Os inquéritos foram realizados entre 2 de novembro e 4 de dezembro de 2015 pelo Observador Cetelem, em parceria com a sociedade de estudos e consultoria BIPE, com base num inquérito barométrico conduzido pela TNS Sofres.

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