Empresas portuguesas com bons níveis organizacionais mas menos bem preparadas para o futuro

  • Organizational Excellence Index é um estudo desenvolvido pela consultora Odgers Berndtson, com a participação de 80 líderes de negócio nacionais;
  • Estudo permite identificar a relação entre comportamentos organizacionais, o desempenho das empresas e a sua preparação face a desafios futuros;
  • Resultados servem de base para o início da jornada das empresas rumo à sua excelência organizacional, e ao cumprimento das suas estratégias de negócio; 

A Odgers Berndtson, empresa global de Executive Search, Leadership Advisory e Organizational Consulting acaba de lançar os resultados do primeiro Organizational Excellence Index (OEI), um estudo multissetorial com a participação de líderes de negócio de algumas das principais empresas presentes no país. Os resultados do estudo começam por apontar para uma tendência crítica: os líderes de negócio revelam uma elevada satisfação para com o desempenho das suas organizações ao longo dos últimos 2 anos, mas uma preocupação para com a preparação das mesmas para os desafios de futuro.

O estudo tem por base o modelo de Organizational Excellence da Odgers Berndtson, que permite avaliar a proficiência das organizações nos comportamentos subjacentes às principais dimensões de atuação. Com OE, torna-se possível trabalhar de forma pragmática e direcionada as rotinas organizacionais que permitem às organizações atingir os seus objetivos de forma consistente.

“Os dois últimos anos são percecionados pelos líderes de negócio como anos de desempenho positivo das suas organizações, especialmente tendo em conta o contexto desafiante que enfrentaram”, começa por explicar Pedro Mêda, Partner da Odgers Berndtson e responsável pelo estudo. “Ainda assim, estes mesmos líderes apresentam-se mais apreensivos com a preparação das suas empresas para com os desafios de futuro”.

O estudo revela ainda que as empresas que relatam melhor desempenho são também as que apresentam índices de Organizational Excellence mais elevados. “As organizações que apresentam solidez e maturação nas suas rotinas organizacionais, são também as que melhor desempenho reportam, um indicador relevante para a importância de trabalhar Organizational Excellence nas empresas”, continua a explicar o responsável pelo Index.

Os comportamentos na base do sucesso

As empresas que reportam melhor desempenho, apresentam ainda outra característica em comum, a excelência em cinco comportamentos organizacionais específicos:

  1. Antecipam tendências e o seu impacto no futuro do negócio;
  2. Eficácia na gestão financeira e de risco;
  3. Detêm elevados padrões de desempenho e exigência de excelência nos resultados;
  4. Fomentam a inovação e melhoria de processos;
  5. Investem nas competências necessárias para fazerem face aos desafios futuros.

“A identificação destes cinco comportamentos transversais às empresas de elevado desempenho permite aos gestores avaliar se têm a base para o desenvolvimento da excelência organizacional. Sem atingir elevados níveis de proficiência nestes comportamentos, o caminho pode afigurar-se difícil ou mesmo impossível.”, conclui Pedro Mêda.

Perspetivando os desafios de futuro e a forma como as organizações em Portugal se devem preparar, o Organizational Excellence Index aponta para duas dimensões críticas do modelo – Consistent Delivery e Great Leadership. Estas dimensões, segundo o estudo, devem ser entendidas como as que, tendencialmente, terão um impacto mais direto no desempenho das organizações. Desde a competência da liderança de topo e da pool de talento na gestão intermédia, à definição de padrões de desempenho e à promoção de autonomia e responsabilização, estes são alguns dos comportamentos organizacionais que deverão acompanhar a agenda dos líderes de negócio.

Gestão de Talento no topo das prioridades para os próximos anos

Outra mensagem importante de realçar é a preocupação específica que os líderes nacionais têm com a dimensão de Talent Management. São 68% dos participantes do estudo que colocaram esta como uma das três principais preocupações para os próximos anos, acelerando a urgência com que este tema tem sido trabalhado nas suas organizações.

Desde a adoção de processos estruturados para identificar as competências críticas do amanhã, à implementação de programas de desenvolvimento cada vez mais personalizados e orientados ao futuro, passando ainda pela mobilidade do talento para as funções mais críticas, ou pelo ajuste de políticas e processos de Recursos Humanos, que criam os contexto adequado para os colaboradores entregarem cada vez mais valor, de forma cada vez mais ágil e eficiente.

Os próximos passos propostos pela Odgers Berndtson baseados nas conclusões do Index são claros: diagnosticar as oportunidades de melhoria de cada organização; priorizar os comportamentos que maior valor acrescentarão face à estratégia do negócio; planear as iniciativas para promover a melhoria das áreas prioritárias; e iniciar o caminho de transformação com a implementação destas iniciativas.

“O propósito do Organizational Excellence Index, é o de continuar a apoiar os líderes e organizações nacionais a entregarem cada vez mais valor. O estudo permite-nos afirmar que construir rotinas organizacionais sólidas é fundamental para tornar reais as visões estratégicas de negócio das empresas, constituindo uma base relevante por onde iniciar o caminho para a excelência organizacional. Sendo isto já uma realidade hoje, os líderes indicam que no futuro será ainda mais crítico.” termina Pedro Mêda.

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