Portugueses pouco adeptos de saídas culturais

De acordo com o Barómetro Europeu do Observador Cetelem os portugueses estão entre os consumidores da Europa Ocidental que menos vão ao cinema, teatro, museus, entre outros programas culturais. Apenas 20% dos inquiridos em Portugal revela que o faz pelo menos uma vez por mês, comparativamente com a média dos europeus ocidentais (28,8%); 23% afirma que o faz uma vez em cada seis em seis meses, quando a média europeia se situa nos 31%.

A análise do Observador Cetelem procurou ainda saber com que frequência vão os europeus ao restaurante. Em Portugal mais de metade dos inquiridos revelou que o faz com frequência, sendo que 43% costuma comer fora pelo menos uma vez por mês e 17% fá-lo pelo menos uma vez em cada seis meses. Neste item, os franceses são os que mais fazem refeições fora de casa, 79% afirma que tem por hábito sair para comer.

«Com o advento da sociedade moderna surgiu também a cultura das atividades de ócio e evasão, sobretudo junto das classes médias. A maioria das pessoas que pertence a esta classe é oriunda da classe baixa, que durante anos passou por duras restrições. Agora pode finalmente pagar o “luxo” de viajar, ir a restaurantes, fazer programas culturais, distrações que as suas gerações anteriores não tinham acesso. Aliás, ter acesso a este tipo de atividade é sinónimo de pertença à classe média. No entanto, pela análise que o Observador Cetelem desenvolveu, acreditamos que num futuro próximo, as consequências da crise económica que atravessamos, independentemente da sua gravidade, alterem estes comportamentos/tendências num sentido de retrocesso», afirma Diogo Lopes Pereira, diretor de Marketing do Cetelem.

Ficha Técnica

Para as análises e previsões deste estudo foram inquiridas amostras representativas das populações nacionais (18 anos e superior) de doze países: Alemanha, Espanha, França, Hungria, Itália, Polónia, Portugal, República Checa, Roménia, Reino Unido, Rússia e Eslováquia – mais de 6.500 Europeus inquiridos a partir de amostras com pelo menos 500 indivíduos por país. Os inquéritos foram realizados em parceria com o gabinete de estudos e consultoria BIPE, com base num inquérito barométrico conduzido no terreno em Novembro/Dezembro de 2011, pela TNS Sofres.

A coerência entre a definição das classes médias dos diferentes países manteve-se através de uma aproximação à realidade, permitindo comparações internacionais. Para tal, utilizou-se uma classificação económica habitual, em função de décimos de rendimentos: para o Observador Cetelem, a classe média corresponde às famílias pertencentes aos quintos dos rendimentos Q2, Q3 e Q4, constituindo 60% da população, situando-se entre os 20% mais pobres e os 20% mais ricos.

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