Miguel Gomes preside ao Júri do Grande Prémio Nespresso

O realizador português Miguel Gomes vai presidir ao Júri de longas-metragens na 52ª edição da Semana da Crítica de Cannes. Juntamente com quatro jornalistas internacionais, vai entregar o Grande Prémio Nespresso da Semana da Crítica, sucedendo desta forma a Bertrand Bonello (que entregou o prémio a Aquí y Alla, de Antonio Méndez Esparza) e a Lee Chang-Dong (que entregou o prémio a Jeff Nichols, pelo filme Take Shelter).

Miguel Gomes, que é já um nome reconhecido na indústria cinematográfica internacional. Com apenas três filmes lançados, encarna na perfeição a missão desta secção da Semana de Cannes: descobrir novos autores através de uma primeira ou segunda obra e revelá-los no panorama internacional.

Sobre esta indicação para Presidente do Júri, Miguel afirmou estar muito orgulhoso por poder apoiar um filme, premiando-o. «Embora esteja prestes a terminar uma curta-metragem e a preparar a minha próxima longa-metragem, esta é uma experiência à qual não posso resistir.»

Após ter estudado na Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, Miguel Gomes publicou alguns artigos sobre cinema na imprensa portuguesa. Depois de algumas curtas-metragens, dirigiu em 2004 a sua primeira longa-metragem, A Cara que Mereces, seguida da longa Aquele Querido Mês de Agosto, em 2008. Em 2012, estreou o seu terceiro filme na Berlinale – Tabu, que retrata a construção e o declínio da imaginação popular ocidental. Arrecadou a vitória no International Critics Prize, do FIPRESCI e no Alfred-Bauer Prize, atribuído por unanimidade, reconhecendo a inegável qualidade do realizador.

A secção em causa não poderia ter melhor embaixador para entregar um dos sete prémios da competição. Realizador na vanguarda de uma nova geração de cineastas internacionais, cinéfilo interessado e ex-crítico de cinema, Miguel Gomes está entusiasmado com a entrega do Grande Prémio da Semana da Crítica a um realizador promissor.

«Como realizador e Presidente de um Júri de críticos internacionais de cinema, pretendo ser muito democrático e aberto.» Miguel sublinha ainda que «Todos os filmes propõem um pacto com o espetador: devem ser capazes de projetar o seu próprio universo, a sua própria sensibilidade. É este o caminho que vou tentar encontrar nestas primeiras obras», sublinha Miguel Gomes.

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