Artesanato português celebra a Portugalidade na FIA 2018

Entre 23 de junho e 1 de julho realiza-se o maior evento da Portugalidade em Portugal, A FIA Lisboa 2018 – Feira Internacional do Artesanato, um dos acontecimentos mais emblemáticos e apreciados pelo público em geral, onde os visitantes terão a oportunidade de degustar inúmeros sabores, entrar nas danças e tradições dos quatro cantos do mundo e apreciar o que de mais rico e emblemático temos no nosso país. Este é o lugar para ver e adquirir peças de artesanato únicas, nacionais, internacionais e celebrar o grande encontro de culturas, que já se vive há 31 anos.

No seguimento da celebração da Portugalidade este ano a FIA conta com uma exposição de peças originais de três criadores nacionais: Joana Vasconcelos, Filipe Faísca e Nuno Gama.

Artesanato Regional

Portugal estará representado de Norte a Sul do país, passando igualmente pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, com peças de artesanato únicas. Começando a Norte encontramos o famoso galo de Barcelos, e toda a olaria tosca, colorida e caricaturista da região, as rendas de bilros e as camisolas à poveiro de Vila do Conde, os lenços dos namorados de Vila Verde, a joalharia em filigrana em Viana do Castelo e barcos criados a partir de búzios da Póvoa do Varzim.

São as gaitas de foles e a capa de honra de Miranda do Douro, também reconhecida pelos coloridos e até assustadores caretos, que anualmente num alegre desfile de rua se metem com as raparigas solteiras. Esta é uma das cerimónias mais antigas do país, que simboliza um rito de passagem, a transição dos rapazes para a idade adulta, o culto da fertilidade e as tradições pagãs cruzadas com as cerimónias religiosas e/ou rituais agrícolas. A destacar ainda a minúcia dos bordados, os teares de linha e a olaria negra de Bisalhães, no concelho de Vila Real.

Já a Região Centro brinda-nos com a sua original olaria, a faiança decorada em tons de castanho, azul e roxo. A tecelagem tem também nesta região um grande valor artesanal, prova disso são as típicas mantas do Sardoal, acrescidas do paciente trabalho de cestaria e latoaria. Mais abaixo uma das regiões mais emblemáticas do país, o Ribatejo, que celebra a cultura do campino retratando-a nos curtumes, o artesanato em couro, a roupa e ainda os casacos de seda bordada dos cavaleiros tauromáquicos elaborados em Coruche.

Nos últimos anos a região do Alentejo tem levado ao Mundo o artesanato em cortiça, que se tornou matéria prima de design em quase todo o tipo de criações, incluindo calçado e acessórios, sem esquecer os tapetes de Arraiolos e a sua simetria e perfeição que se comprova observando o avesso. As aplicações em feltro, os alinhavados, as frioleiras e as bainhas abertas são igualmente marca registada da região. É de relembrar também a arte da chocalheira, classificada como Património Cultural Imaterial da UNESCO, lembrando que os chocalhos são igualmente usados como instrumento musical pelos ranchos folclóricos.

Ainda do Alentejo reconhecidas são as pinturas, tanto no típico mobiliário com temas florais e como na cerâmica, como a louça de barro pintada e vidrada que se estende num estilo semelhante até ao Algarve. A região mais a Sul do país brinda-nos também com os linhos, as passadeiras o e as mantas.

Da Região Autónoma dos Açores é a madeira a matéria utilizada para os mais diversos trabalhos relacionados com o mar, assim como as escamas de peixe, ossos e dentes de baleia, barro e folhas de milho, que em conjunto fazem recriações absolutamente extraordinárias de registos de presépios e aldeias. É ainda famosa a cerâmica colorida da Lagoa e os objetos feitos em osso de baleia no Pico e Faial, símbolos tradicionais do artesanato açoreano, se bem que estes cada vez menos, uma vez que a caça à baleia foi proibida nos anos 80.

Da Madeira são os bordados, que combinam motivos florais e figuras geométricas, que marcam presença em toalhas, colchas e vestuário. A não olvidar são as tapeçarias e os vimes. A riqueza do artesanato poderá estender-se num passo curto ao mundo vastíssimo da gastronomia, que em todo o Mundo dá cartas e no nosso é cartão de visita para as delícias de todos os visitantes.

Edição FIA 2018

Com organização da Fundação AIP, em parceira com o IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional, estará patente uma exposição temática fruto desta longa ligação e este ano estarão presentes mais de 40 países, 600 expositores, 220 deles estrangeiros, dos cinco continentes, entre eles empresas, artesãos nacionais e internacionais, entidades ligadas ao desenvolvimento rural, regional e agentes na área da gastronomia artesanal, tradicional e restauração.

No total serão mais de 40 países, 600 expositores, 220 deles estrangeiros, dos cinco continentes, entre eles empresas, artesãos nacionais e internacionais, entidades ligadas ao desenvolvimento rural, regional e agentes na área da gastronomia artesanal, tradicional e restauração.

Durante nove dias os visitantes têm o Mundo inteiro para visitar e experimentar, não só na visita aos stands, como também nas mais de 200 atividades paralelas que se realizam durante todo o evento, organizadas pelos países e entidades presentes. Este ano, e à semelhança de 2017, espera-se a visita de mais de 110 mil pessoas, número com que a feira encerrou as portas no ano passado.

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