Determinação, risco e partilha de conhecimentos no Viana Criativa

Esta foi uma das principais conclusões retiradas do debate “Ambiente Criativo e Empreendedorismo”, que decorreu  no dia 7 de fevereiro, no Museu de Artes Decorativas em Viana do Castelo, no âmbito do projeto “Viana Criativa”.

Numa discussão participada e perante um auditório composto, vários criativos debateram todo o processo criativo e o empreendedorismo que lhe está associado, tendo partilhado experiências entre si e com o público presente. Em traços gerais, prevaleceu a ideia de que, apesar das competências técnicas serem importantes, acima de tudo é necessário possuir um espírito empreendedor, destemido e arrojado para se vingar no mundo das indústrias criativas.

José Vieira, administrador da empresa nacional de lápis Viarco, defendeu que “tem de ser dada liberdade criativa para falhar”, enquanto que Katja Tschimmel, da Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos, abordou o seu livro “Processos Criativos. A emergência de ideias na perspetiva sistémica da criatividade” e explicou como o ambiente que nos rodeia pode influenciar a capacidade de inovação. Já Paulo Alves, da Incubadora de Indústrias Criativas INSERRALVES, vincou que “as ideias não são suficientes se não houver compromisso para se fazer coisas”, sendo imprescindível agir. Rui Carvalho, designer vianense, explicou o que esteve na base do processo de criação do logótipo de “Viana Criativa”. O objetivo, referiu, foi “criar um núcleo duro com o qual as pessoas se identificassem”.

A sessão contou ainda com a presença de responsáveis das entidades promotoras do projeto, como o vereador da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, que vincou a necessidade da tomada de atitude num mundo cada vez mais globalizado, cujos níveis de competências são enormes. Referindo-se em concreto a “Viana Criativa”, o responsável afirmou ser um privilégio constatar as capacidades dos agentes locais e conhecer diversas experiências de sucesso. “Para mim, evidenciou-se o querer de cada um, o desejo de se ser ainda melhor. A capacidade que cada pessoa tem de fazer e refazer é o grande ensinamento que podemos retirar deste projeto”, vincou.

No debate foram também apresentados os dados de um estudo sobre o potencial das indústrias criativas no município de Viana do Castelo e de acordo com o qual, num universo de cerca de 9300 empresas, 3.5% são entidades ligadas às indústrias criativas. A sessão contou ainda com a entrega dos prémios do safari fotográfico “Footografar Viana”, que se realizou em dezembro, também no âmbito deste projeto promovido pela Câmara Municipal de Viana do Castelo, a Associação Empresarial de Viana do Castelo e o Instituto Politécnico de Viana do Castelo.

Check Also

“Sunset in a Glass”: Primeira festa Aperol deste ano acontece já este fim de semana

Com a chegada dos dias mais longos e quentes chega também a primeira Festa de …