No primeiro trimestre nasceram 129 entidades por dia mais 8,7% que em 2014

  • Crescimento dos nascimentos verifica-se desde o segundo trimestre de 2014;
  • Retalho (+19,3%), Alojamento e restauração (+12,5%) e Serviços (+7%) são os sectores com maior crescimento de nascimentos;
  • Encerramentos desceram 7,9%, com destaque para o sector dos Serviços (- 26,1%);
  • Insolvências reduziram 9,7%. Construção é o sector com maior destaque na descida de insolvências (21,4%).

O primeiro trimestre do ano registou um aumento de 8,7% de nascimento de entidades (sociedades anónimas, sociedades por quotas, sociedades unipessoais, entidades públicas, associações, cooperativas e outras sociedades) face ao período homólogo de 2014 mantendo, assim, a tendência que se verifica desde o segundo trimestre de 2014. Os indicadores Encerramentos e Insolvências mostram uma melhoria face ao período homólogo do ano passado: os encerramentos desceram 7,9% e as insolvências reduziram 9,7%. Estas são as principais conclusões do Barómetro da Informa D&B, que analisa a dinâmica do tecido empresarial nacional.

Segundo Teresa Cardoso de Menezes, diretora geral da Informa D&B, “todos os indicadores analisados revelam uma melhoria da dinâmica do tecido empresarial no primeiro trimestre do ano. Destaca-se o nascimento de 129 entidades por dia, um aumento de 8,7% face ao ano passado. Quase todos os sectores viram diminuir o número de encerramentos e as insolvências mantiveram a tendência de descida verificada desde 2013”.

Nascimento de entidades com aumento de 8,7%

Durante os três primeiros meses do ano foram constituídas 11 646 entidades, o que se traduz num aumento de 8,7% face a 2014. Destas, 11 046 são empresas.

Mais de metade (52%) das empresas que nasceram no primeiro trimestre são unipessoais, um aumento de 13% face ao período homólogo de 2014. Nas sociedades por quotas, o aumento foi de 6%, enquanto nas sociedades anónimas o número de nascimentos reduziu 19%.

Os três maiores setores em nascimento de empresas crescem: Retalho (+19,3%), Alojamento e restauração (+12,5%) e Serviços (+7%) foram os que registaram maior aumento de nascimentos.

Encerramentos descem 7,9%

A extinção de entidades tem vindo a descer desde o último trimestre de 2012. No primeiro trimestre de 2015 foram encerradas 3603 organizações, menos 7,9% do que no mesmo período de 2014. Destes encerramentos, 3559 referem-se a empresas.

Neste 1º trimestre, quase todos os sectores registaram uma diminuição de encerramentos. Os sectores com maior número de encerramentos foram: Serviços (922 empresas, uma descida de 26,1% face ao período homólogo de 2014), Retalho (721 entidades, +17,4%) e Construção (464 entidades, o que representa -0,4%). A Agricultura, pecuária, pesca e caça foi o sector que apresentou maior aumento homólogo de extinções (+ 67,9% do que no 1º trimestre de 2014, correspondente ao encerramento de 89 empresas).

As sociedades anónimas verificaram uma descida de 38,8% nos encerramentos. Em sentido inverso, aumentou em 14% o número de sociedades unipessoais extintas e em 0,1% o das sociedades por quotas.

Menos 9,7% entidades insolventes

Também no indicador insolvências, o primeiro trimestre de 2015 apresenta resultados mais favoráveis do que o período homólogo de 2014, com uma descida de 9,7%. Esta tendência descendente observa-se desde 2013.

As insolvências baixaram de forma mais acentuada nas sociedades por quotas (13%) e nas anónimas (10%). Nas unipessoais, a descida foi de 2%.

O Retalho foi o sector com maior número de insolvências iniciadas (234), seguido da Construção (209), Indústrias transformadoras (207), Serviços (180) e Grossista (150). O sector da Construção, que apresentou o maior número de insolvências em 2014, registou uma descida de 21,4% no primeiro trimestre deste ano.

Os Processos Especiais de Recuperação (PER) subiram 7,7%, situando-se em 251 casos. Desta forma, no primeiro trimestre de 2015 inverteu-se a tendência de descida verificada ao longo de 2014 (exceto no 3.º trimestre, em que se registou um ligeiro aumento), fenómeno a que não será alheia a publicação do Decreto-Lei n.º 26/2015, de 6 de Fevereiro, que implementa um conjunto de medidas mais favoráveis à aprovação de planos de recuperação de empresas.

Notas

  1. Fonte: Análise Informa D&B; Dados: publicações de atos societários e Portal Citius /Ministério da Justiça
  2. O Barómetro Informa D&B considera os processos de insolvência iniciados em pessoas coletivas, pelo que esta análise não inclui a informação relativa aos empresários em nome individual, profissionais liberais e particulares.
  3. Todos os dados apresentados referem-se a publicações de atos societários efetuadas no portal da justiça até 31 de Março de 2015. Algumas publicações poderão aparecer após esta data.

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