O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo abre hoje na Foz

Cem por cento portuguesa, a marca O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo arrancou com uma nova loja na Foz, no Porto. Presente desde 2011 na zona histórica da Cidade Invicta, a marca optou agora estrategicamente por se mudar para a zona da Foz, onde a afluência é maior e a visibilidade inigualável.

Além de Portugal, onde tem loja em Lisboa e no Porto, “O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo” está presente em países como o Brasil, Angola, Espanha, Austrália, Suíça, Reino Unido, Alemanha e Áustria.

A receita, criada há 27 anos e guardada a sete chaves, não leva farinha, nem fermento, e tem na sua composição uma mousse de chocolate Valrhona, marca da alta confeitaria francesa. O bolo pode ser degustado em duas versões: meio amargo, com 70% de cacau, e tradicional, com 53%.

“O nome começou por brincadeira”, como explica Carlos Braz Lopes, criador de “O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo”. Inicialmente, era feito na loja Cozinhomania, aberta em 1997, onde também se davam aulas de cozinha. “Quando os clientes perguntavam se o bolo era bom, eu respondia: bom, não, é o melhor bolo de chocolate do mundo. As pessoas achavam piada ao exagero e as empregadas, mesmo quando eu não estava, davam a mesma resposta”, conta Carlos Braz Lopes.

O bolo teve tanto êxito que, há 13 anos, mereceu espaço próprio, também em Campo de Ourique (R. Coelho da Rocha, 99, ao lado do mercado), e o nome só podia ser, naturalmente, um. Apesar das “justificações” que tem, que dar, Braz Lopes não está arrependido. “Em termos de marketing correu muito bem. Desperta a curiosidade e ninguém se esquece dele”.

Aos 58 anos, lisboeta, filho de pais de Sesimbra, Carlos Braz Lopes acabou por se ligar ao mundo da cozinha um pouco por acaso. Apanhado no Instituto Superior Técnico pelas perturbações do 25 de Abril, foi para Londres, onde trabalhou como chefe de armazém, na parte de comida, do Suisse Center, e cozinhava para os amigos com quem partilhava o apartamento.

Voltou em 1975, fez Gestão na Católica, trabalhou ainda dois anos em auditoria, mas em 1987 abriu o seu restaurante no Mercado de Santa Clara, com a ajuda do sogro, o comandante Cristóvão Moreira, o célebre “Solilóquio” das crónicas tauromáquicas do Diário de Notícias.

“Aprendi muito sobre cozinha no restaurante, sobretudo com um antigo chefe do Tavares e da Tágide, Felismino Brito, que já morreu”, conta. Os bifes e o cozido são até hoje recordados, mas foi lá que nasceu o famoso bolo feito de camadas de merengue, envoltas numa cremosa mousse de chocolate francesa. O curso da Valrhona, da famosa escola de pastelaria Lenôtre, foi também uma enorme mais-valia para o crescimento profissional de Carlos Braz Lopes. A receita – que não dá – “foi uma tentativa de cópia de um bolo que comi no Fauchon, em Paris, mas que tem zero a ver”, garante.

Check Also

Prove os típicos pratos do Japão e ainda preparar o verão de forma saudável na Auchan

Na Auchan, os workshops também deixam a sua marca. Não só há uma constante inovação …