Quatro segredos para uma nova alimentação

Cassiana Tavares – Psicóloga na Clínica Tejo Saúde, Parceira do Fitness Hut e Investigadora em trabalho e saúde.

Iniciar um plano alimentar é uma ação da nossa vontade. Porém, o estômago, os sentidos e a mente podem demorar a entender-se.

Para a sua alimentação mudar, você tem de mudar! E o primeiro passo é saber exatamente em que ponto da mudança é que está. Podemos fazer um exercício?

Quando pensa na sua próxima refeição, o que é que sente? A sério! O que é que vem à sua mente? Talvez, (1) veja conforto, ou pelo contrário privação. É possível, que (2) sinta uma intenção dentro de si: euquero fazer o plano. Ou que (3) já esteja em mudança e por isso pense: vai ser uma refeição normal, como planeei. Pode ser o caso de (4) sentir preocupação com os resultados que conseguiu e quer manter-se no plano.

Acabei de descrever 4 possibilidades perante a mudança, que passarei a explicar usando expressões especificas para este artigo (e não as que encontraria na literatura científica).

Nº1 – Está a namorar a mudança. Perder peso, ser mais saudável são ideias apelativas, mas os ganhos ainda não são maiores que as perdas. Na sua mente, ainda não é claro se avança ou não, apesar de já ter um plano em mãos.

Nº2 – Está a preparar-se para entrar. A mudança está próxima. É uma intenção, já arrumou a sua mente e está na fase da logística, da aprendizagem de receitas, de pensar as rotinas, de falar com a família, com os amigos, de definir o que fazer nos eventos.

Nº3 – Está a mudar. Há várias coisas diferentes nos seus padrões. Consegue seguir o seu plano nutricional. Pode ter ou não resultados evidentes. Mas as suas ações são consistentes.

Nº 4 – Quer manter a mudança. Esta nova forma de comer é agora o padrão e está focado em lidar com situações, com alterações de motivação. Já sente que esta é a forma como quer viver.

Antes dessas quatro fases, houve uma, em que nem sequer sabia que precisava de mudar. Por isso, parabéns pelo primeiro passo que é o da consciência.

Para poder mudar e ter sucesso, indico de seguida o que fazer em cada passo e como manter-se sem falhar.

Nº1 – Namorar a mudança – escreva tudo o que vai ganhar com este processo. Pense bem nos prós e nos contras e concentre-se nos ganhos. Deve estar atento aos contras, porque serão o seu “calcanhar de Aquiles”.

Nº2 – Preparar a mudança – agende os preparativos. O adiamento e as dificuldades que antecipa (por exemplo, não saber cozinhar) são os inimigos. Parta as ações em ações menores, mais fáceis de gerir: siga um blog de receitas, por exemplo e comece a trabalhar na sua lista de compras a partir de uma ementa semanal. Fale com uma pessoa da sua confiança que possa ajudar quando sentir vontade de desistir. Este apoio é uma rede de segurança.

Nº3 – Está a mudar – seja consciente em todas refeições: eu consegui mais esta. Pense também no que lhe traz foco. Mantenha as “tentações” debaixo de olho. Quando houver alterações emocionais, stress, mudanças de rotina ou excesso de confiança pode dar por si a quebrar a rotina.

Nº4 – Manter a mudança – Depois de adquirir uma nova forma de comer, o foco nos ganhos, a atenção ao “calcanhar de Aquiles” e a consciência das suas ações têm de manter-se. Isso chama-se intencionalidade. E para vivermos a vida que queremos viver temos de ser intencionais!

Uma nota final: se fez o seu plano sozinho(a) pode precisar do apoio de um nutricionista. Por exemplo, se está a privar-se de alimentos que gosta muito de comer e não sabe quais pode usar em substituição. Isso é uma rasteira. Eu recomendaria que tivesse um especialista.

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