Vilamoura Garden Hotel, um cantinho de sossego no Algarve

Férias deveriam ser sinónimo de descanso, de recuperação de energia, de criar memórias, mas isso nem sempre acontece e a ideia de ter um lugar charmoso, acolhedor, quase familiar, onde os empregados sabem o nosso nome, não é fácil de encontrar. Mas há oportunidades que se nos apresentam e que devemos aproveitar, o Vilamoura Garden Hotel é uma dessas oportunidades.

Apresentando-se como um boutique hotel de 4 estrelas, este hotel de 59 quartos, de várias tipologias, standard, familiar e suites, todos com grandes dimensões – o menor tem 28m2 -, está localizado em Vilamoura, um local turístico que dispensa apresentações no Algarve, um dos preferidos do Reino Unido e das famílias portuguesas no veerão.

O Vilamoura Garden Hotel existe enquanto tal desde 2016, no entanto, o edifício surgiu primeiro como aparthotel cujo destino não foi o sonhado. Anos mais tarde foi recuperado e os apartamentos com kitchenette transformados em quartos com uma área generosa, uma das grandes mais-valias do hotel. Entre a área, o mobiliário que baste, as grandes janelas ou varandas, é impossível sentir-se claustrofóbico naqueles quartos. Atualmente o Vilamoura Garden Hotel é uma unidade independente cujo proprietário é o mesmo do Hilton As Cascatas, localizado ali ao pé com quem comunga algumas sinergias, nomeadamente com o 7Seven SPA ou com o restaurante de praia MyAlmar tapas by the Sea.

A decoração é simples, mas elegante, onde sobressaem os quadros de sedas pintadas e a alfazema, o símbolo do Boutique hotel porque serem abundantes no local. A zona da piscina, com jardim, espreguiçadeiras no Verão é bastante concorrida no verão, principalmente à tarde, pelas famílias. Esta zona tem o apoio do bar que serve bebidas e tapas. O restaurante, com um serviço imaculado, abre para o pequeno-almoço e jantar onde da carta fazem parte pratos de assinatura como o saboroso caril de camarão com ananás caramelizado.

O facto de estar inserido num bairro residencial e ser de pequena dimensão, faz com que o ambiente seja quase familiar, seja na interação com os empregados ou com os outros hóspedes, ao ponto de ao pequeno-almoço, ou ao cruzarem-se com outras pessoas, a cortesia de oferecer um sorriso, mais ou menos tímido, mas presente, ou de dizer “bom dia” seja uma prática comum, habitualmente dita em inglês, independentemente de desconhecerem a nacionalidade daqueles a quem se dirigem. Na verdade, tudo no hotel é numa base feliz do “easy going”, do relax, o stress é deixado à porta. Depois do pequeno-almoço, farto em opções, os hóspedes podem ir até à praia ou à Marina de Vilamoura, apanhando o shuttle do hotel, ou, os mais ousados, indo a pé. O caminho até à marina é de aproximadamente 2 quilómetros mas faz-se muito bem, desde que não seja em dias de muito calor e de sol abrasador. São 30 minutos que servem de exercício físico, já que o caminho é plano e seguro.

Depois de passear na marina, o almoço pode muito bem ser no MyAlmar tapas by the Sea, na praia. Um caminho que também pode ser feito a pé, aproveitando uma parte do passadiço da praia. Aqui, a oferta é maioritariamente tapas, embora haja saladas, bowls, sanduiches e hambúrgueres, pizzas e grelhados. Com a salvaguarda de não querermos comer muito, colocámo-nos à disposição do Chef que nos apresentou uma seleção de tapas. Croquetes de espinafres e pinhão com maionese de beterraba e lima, ceviche de salmão com maracujá, pica-pau de novilho e bruschetta de tomate e pesto com burrata e presunto e camarão piri-piri foram algumas das felizes escolhas. A satisfação foi muita e depois da refeição só apetecia uma sesta.

Golfe não é para “meninos”

Por falar em exercício físico… quando alguém lhe disser que o golfe é para “meninos” e que não é “um desporto” no sentido em que não existe esforço físico, não acredite. O golfe é na verdade, um desporto exigente a nível físico. Quem explicou tudo foi o Golf Pro, Fernando Nogueira, do Pinhal Golf Course, um equipamento com 18 buracos, localizado a dois minutos a pé do Vilamoura Garden e que os hóspedes podem utilizar. Numa aula de aproximadamente uma hora conseguimos perceber a exigência física do golfe. Por exemplo, ficámos a saber que antes de tentar dar uma boa tacada, é preciso dominar a técnica e a postura que nem sempre é confortável: posição das mãos a segurar o taco que é contrária aquilo que nos dá mais jeito, a flexão ligeira dos joelhos, o rodar das ancas e tronco elevando os braços para partir para o swing e dar a tacada, tudo isto sem tirar os olhos da bola. Acerta-se à primeira? Não. Nem à segunda, é uma aprendizagem que demora…aliás se acertar e der uma boa tacada, é pura sorte. O mais importante é acertar com o movimento do swing. Depois é nunca esquecer de se mexer, caso contrário os músculos ressentem-se. Ao fim de um quarto de hora a “tentar dar tacadas” os músculos dos braços e ombros começam a manifestar o seu desagrado. Tudo isto sem sair do lugar. Agora imaginem um percurso de 18 buracos um jogo que pode durar várias horas. Depois de uma hora há dois sentimentos que ficam: o primeiro é o de satisfação porque ao fim de 20 tacadas, conseguimos acertar uma que nem saiu muito mal. O segundo é o de “sentir” que mexemos músculos que nem sabíamos que existiam. E isso é bom. Depois, há um terceiro sentimento: o de querermos fazer mais.

O Pinhal Golf Course, que anteriormente pertencia ao grupo Dom Pedro, é um dos mais requisitados, que chega a ter 200 pessoas por dia no verão.

Depois, para relaxar, nada melhor do que o circuito de águas, ou uma massagem no 7Seven Spa, ali ao lado, o maior de Portugal, com 14 salas de tratamento, várias áreas de relaxamento, piscinas de hidromassagem e jatos, sauna, banho turco, jacuzzi, túnel de experiências – nomeadamente tempestade tropical e chuva ártica – e jardim zen para descobrir um mundo de tranquilidade. Os hóspedes do Vilamoura Garden podem utilizar livremente o circuito de águas no Spa no Hilton As Cascatas desde que tenham feito essa ressalva na sua reserva, caso contrário, terão de pagar um fee. Mas vale a pena.

Aliás, tudo vale a pena. Num destino conhecido como Vilamoura, há sempre um cantinho que vale a pena descobrir.

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