A coleção outono-inverno 2013 da marca italiana WHO*S WHO divide-se em dois temas fortes:
BLACK COLLECTION
A atmosfera surreal de uma estufa da liberdade, com vitrais que filtram a luz do sol, é suavemente conquistada por bits de música electro rock e a partir daqui surge uma nova mulher; uma mulher contemporânea e divertida que mistura peças contrastantes e cria conjuntos surpreendentemente equilibrados.
As decorações dos vitrais tornam-se padrões geométricos em seda, transformam-se em fios para a malha jacquard ou decoram os novos sacos da liberdade; peônias românticas e lírios elegantes são digitalizados com tecnologia UV para criar estampados 3D. As pinturas a óleo que embelezam as salas de desenho são derretidas por tricloroetileno, com o objetivo de criar gotas alternadas com pinceladas microscópicas em cores plásticas. As misteriosas cariátides encontram o seu quadro ideal nas misturas multiprint e transformam-se em verdadeiros retratos.
O rock atravessa toda a coleção, graças ao uso de microplacas em metal dourado e fragmentos de ouro, que parecem vidros partidos; também as joias de família são capturadas por esta nova mistura, e as clássicas pérolas misturadas com esmeraldas plexiglass recortadas e pele coberta de diamantes.
Memórias distantes que renascem através de uma nova mistura, um espetáculo novo que é construído sob uma nova conceção de luxo, composta por contaminações diárias.
WHITE COLLECTION
Uma viagem em busca das tradições e cultura da América do Sul: a viajante é Amelia Earhart, a rainha dos céus, famosa pela sua coragem e pela sua paixão de voar.
Uma mistura de características retiradas da cultura popular peruana surge com as mais rigorosas e sofisticadas linhas dos uniformes dos aviadores dos anos 30.
Os estampados que decoram por completo as saias rodadas usadas pelas mulheres nos dias de festa transformam-se em inlays sofisticados e alternam com os clássicos diamantes de cores plásticas, adquirindo uma terceira dimensão graças à inclusão de pedras e pepitas de ouro roubadas de um tesouro antigo.
Os velhos tapetes listrados adquirem cores novas e contemporâneas e transformam-se em blusas largas e vestidos com um look étnico e desportivo, enquanto que os ornamentos nas fachadas dos edifícios tornam-se inlays em malhas finas sofisticadas e estilizadas.
E depois há as peças icónicas tiradas do guarda-roupa de Amélia. A parka aviador em algodão encerado com um forro em pele e as pequenas huskies em duas cores com o seu corte quase militar. Camadas de lírios selvagens florescem em sedas ou tornam-se pinturas a óleo que salpicam cor, criando linhas irregulares.
Esta é uma coleção forte, tão forte como a mulher que a inspirou, e leva-nos para uma viagem em que a nossa única companhia é o suspiro poético do vento.