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“Coisas” é aquela palavra que define praticamente tudo, quando a memória falha o nome exacto do que queremos definir ou quando não sabemos como a definir. É, talvez, a palavra mais abrangente do vocabulário português. Mas o Armazém das Coisas, em pleno Campo de Santa Clara em Lisboa, é tudo menos isso. Ali sabe-se exactamente o que se vai encontrar: a tradição portuguesa das cerâmicas das Caldas da Rainha, popularizadas por Rafael Bordallo Pinheiro.
A responsabilidade por trazer desta tradição portuguesa cabe a um antiquário e um artista plástico que decidiram dar nova vida a um armazém que estava fechado. A falta de uma representação em Lisboa de peças originais da loiça típica das Caldas da Rainha, aliado ao seu interesse, fez com que partissem à procura de artesãos, a desenvolverem produtos o que levou à recuperação de alguns negócios que estavam no limiar do encerramento.
O Armazém das Caldas existe há um ano e os sócios aproveitam a moda da portugalidade e a dinâmica que a Feira da Ladra traz, não só com os turistas que passam mas outros visitantes.
“A portugalidade está na moda e quisemos explorar a nossa identidade através de produtos das Caldas, que têm muito mais para oferecer do que se conhece”, dizem os dois sócios.
“Há muito mais para conhecer dos que as famosas andorinhas ou as folhas de couve típicas da loiça das Caldas” defendem.
Aberto desde novembro de 2014, o espaço é um autêntico armazém, onde as prateleiras estão cheias de peças conhecidas e por conhecer: loiças, baixelas e objectos de decoração ou imãs, numa explosão de cor, onde não faltam os produtos mais icónicos como a cerâmica em folhas de couve, as abóboras, galinhas, sapos, lagartos, peixes, cabeças de gado ou gatos.
O Armazém das Caldas encerra à segunda-feira e abre os restantes dias das 11h00 às 19h00.
