O espaço escolhido para a apresentação foi o Grémio Literário, mais precisamente o salão Louis XV. E foi uma boa escolha porque o ambiente do espaço e a refeição servida adequaram-se ao perfil requintado dos cinco vinhos apresentados da Quinta da Bordaleira.
Fundada em 2017 pela família Pellegrini sobre videiras já existentes, a quinta com 4 hectares de vinhas em Paranhos da Beira, concelho de Seia, é o concretizar de um sonho cuja intenção foi ter sempre uma forte ligação à Serra da Estrela, Serra da Estrela onde se localiza. O nome Bordaleira surge em honra à ovelha típica da região cujo leite produz o queijo da serra DOP e que fornece a lã para o tecido burel. Aliás a ligação às ovelhas é tal que algumas, pertencentes a uma quinta vizinha, pastoreiam por ali.
São das castas Alfrocheiro, Touriga Nacional, Encruzado, Tinta Roriz, Gouveio e Malvasia Fina que surgem os cinco vinhos apresentados por Renato Pellegrini e criados pelo enólogo António Narciso que utiliza as técnicas modernas de vinificação em harmonia com as práticas centenárias da viticultura da região. A produção total não ultrapassa as 20 mil garrafas. Uma produção pequena, mas que expressa o carácter único e genuíno do Dão, com vinhos complexos, elegantes e equilibrados.
A gama de vinhos está dividida em três categorias: a linha Family Selection, de vinhos que não passaram por estágio em madeira, frescos e vibrantes, constituída por um branco, um rosé e um tinto; seguida dos Reservas Branco e Tinto, de perfil gastronómico e em que a madeira integra-se harmoniosamente com os aromas autênticos da fruta, e, finalmente; as edições especiais de branco e tinto produzidas apenas nas melhores vindimas, a que denominam 1.993M, em homenagem às tradições e à beleza da Serra da Estrela, com o ponto mais alto de Portugal Continental a 1993 metros de altitude.