1em cada 5 raparigas está disposta a sacrificar até 5 anos devida para atingir o seu ideal de beleza

Este ano, Dove celebra 20 anos de Beleza Real, afirmando-se enquanto uma marca que aposta na democratização da beleza, com o intuito de proporcionar uma experiência de beleza positiva a todas as mulheres. O tema da “beleza real” surgiu com Dove em 2004, com o lançamento do conceito e da primeira campanha que seguiu este mote. Nesta data, a marca percebeu que apenas 2% das mulheres se consideravam bonitas, um número alarmante que deixou claro o legado que queria deixar junto das mulheres.

Tendo por base este estudo, Dove descobre uma nova problemática que está a ameaçar a “beleza real” – a crescente proliferação de imagens geradas por Inteligência Artificial (IA) – e lança a Campanha “The Code”, que vem precisamente alertar para a necessidade de uma maior representatividade da beleza real nestas novas plataformas, de modo a “conduzi-las” para que gerem imagens inclusivas e o mais realistas possíveis, no que à beleza dizem respeito. Com o objetivo de manter o compromisso com as mulheres reais, Dove compromete-se a não utilizar IA nas suas campanhas – #KeepBeautyReal -, e ainda cria um guia que vem ajudar o utilizador destas ferramentas e aplicações de IA, na hora de imaginar a beleza, a gerar imagens mais reais e representativas das mulheres.

“Dove começou a falar de Beleza Real quando assumiu o seu propósito de tornar a beleza uma fonte de confiança e não de ansiedade”, começa por explicar Maria Matos, responsável pela marca Dove em Portugal. E acrescenta “Nos primeiros anos, a mensagem era sobretudo dirigida aos media e à indústria publicitária, mas com a transferência do poder da criação de conteúdos a passar para a ponta dos nossos dedos, tornou-se imperativo educar e sensibilizar cada indivíduo para a necessidade de não ajudar a propagar padrões irrealistas de beleza. Hoje em dia, todos contribuímos com os conteúdos que partilhamos, e quer seja no uso de editores de imagem, filtros ou mais recentemente no recurso à inteligência artificial, que é uma ameaça real que vai afetar a autoestima das mulheres”.

 A ferramentas de IA não representam a beleza de forma realista

O estudo realizado este ano revela dados alarmantes, que demonstram que a IA tem um longo caminho pela frente face à forma como representa a beleza, a marca percebeu também que 1 em cada 5 mulheres estaria disposta a perder um ano de vida para atingir o seu ideal de beleza e que 6 em cada 10 tem baixa autoestima. Olhando para as camadas mais jovens, a realidade é ainda mais preocupante pois, 1 em cada 5 raparigas até aos 18 anos estaria disposta a sacrificar até cinco anos de vida para atingir o mesmo ideal – demonstrando que o ideal de beleza suplanta a própria vida na perceção das jovens portuguesas.

No âmbito deste estudo, a psicóloga Filipa Jardim da Silva, que tem tido um papel ativo no debate de temas relacionados com o empoderamento feminino, comenta: “As mulheres correm, atualmente, mais risco de fazerem escolhas impulsivas (como procedimentos estéticos) persistindo por um ideal de aspeto físico totalmente irrealista, que as pode colocar em risco até de desenvolvimento de doença mental. Apesar de, até existir consciência do uso da Inteligência Artificial em muitas imagens online (redes sociais, videojogos, publicidade e media digital), o gerar de imagens femininas com recurso à IA cria um padrão de beleza irrealista com impacto negativo na autoestima de muitas mulheres”.

Além destas conclusões, o estudo revela outros dados alarmantes que vêm em linha com algumas conclusões de anos anteriores: 1 em cada 2 mulheres reconhece que existem influenciadoras completamente geradas por inteligência artificial e mais de 70% considera que a forma como as mulheres são retratadas em videojogos, por exemplo, contribui para ideais irrealistas de beleza. Estes são alguns perigos da IA associados à recriação das mulheres, que Dove visa combater no presente e garantir que no futuro não representam uma ameaça tão demarcada para as jovens e para as mulheres.

As influenciadoras têm um papel determinante nos padrões de beleza

 Nos dias de hoje, as redes sociais acabam por ter um papel determinante na forma como as mulheres e jovens se percecionam, e na forma como constroem os seus ideais de beleza, em que as influenciadoras acabam por desempenhar um papel de “indicadores de beleza ideal”. No estudo desenvolvido este ano pela marca, foi possível perceber que, até aos 30 anos, 1 em cada 4 mulheres diz ser influenciada a realizar procedimentos estéticos para mudar a sua aparência, após ver os resultados desses procedimentos em influenciadoras. Esta é uma realidade que ainda se intensifica mais nas camadas mais jovens, pois, até aos 22 anos, metade das jovens diz ser influenciada a experimentar os produtos e tratamentos cosméticos que as influenciadoras recomendam nas redes sociais.

Perante estas conclusões, a psicóloga Filipa Jardim da Silva comenta: “Olhando para os vários dados deste Estudo de Dove e enquanto Mulher, Mãe e Psicóloga Clínica, preocupam-me três fatores que constituem uma espécie de triângulo ameaçador da liberdade, empoderamento e saúde física e psicológica das mulheres: 1) exacerbação contínua do aspeto físico da mulher pela sociedade atual e permissão generalizada para se falar sobre o corpo de uma mulher sem permissão; 2) adoção pelas mulheres de comportamentos perigosos e pouco saudáveis em prol de poderem alcançar o seu ideal de beleza, em todas as faixas etárias; 3) difusão nas redes sociais de referências de beleza utópicas, que geram maiores níveis de ansiedade e insatisfação com a autoimagem”.

 Para celebrar e assinalar os 20 anos de beleza real, Dove convida a que estejam presentes no evento dos dias 29 e 30 de junho, no Jardim da Estrela, das 10h00 às 18h00. Este evento, é de entrada gratuita, e vai disponibilizar atividades como aulas de Yoga, workshops de cerâmica, sessões fotográficas, atividades para crianças e adolescentes e ainda irá contar com quatro talks que abordam temas relevantes dentro do espetro da beleza real, autoestima, saúde mental e IA. A moderadora das talks será a atriz e psicóloga Carla Andrino, que irá estar à conversa com nomes como Teresa Burnay, Ana Borges, Maria Seruya, José Sobral, Isabel Silva e Carolina Deslandes, entre outros nomes de peso. A cantora, além de ser uma das convidadas das talks, vai ainda dar um mini-concerto de encerramento do evento, no Domingo.

OS PRINCIPAIS RESULTADOS DO ESTUDO:

  1. MULHERES POUCO SATISFEITAS COM O SEU ASPETO, DISPOSTAS A SACRIFICAREM-SE PARA SE SENTIREM BONITAS: 1 EM CADA 5 PERDERIA UM ANO DE VIDA PARA ATINGIR O SEU IDEAL DE BELEZA
  • 6 em cada 10 mulheres tem baixa autoestima.
  • Só 38% das mulheres consideram que o seu aspeto corresponde àquilo que gostam, de tal forma que 45% mudava uma série de coisas na sua aparência, se pudessem.
  • Para algumas mulheres, atingir o ideal de beleza é de tal forma importante, que 20% estariam dispostas a abdicar de um ano de vida para alcançarem a aparência que desejam.
  • Se olharmos para as camadas mais jovens, a realidade é ainda mais preocupante, quando percebemos que 20% das raparigas até aos 18 anos estariam dispostas a sacrificar até cinco anos de vida para atingir o mesmo ideal.
  • No geral, a maioria das mulheres já teve comportamentos alimentares negativos por não se sentir bem com o seu aspeto, saltando refeições (52%) ou deixando de comer mesmo quando tinha fome (36%).
  • Mas as mudanças de comportamento não se ficam por aqui: 1 em cada 3 mulheres já deixou de ir à piscina, à praia ou ao SPA, por não se sentirem bem com o seu aspeto, abdicando também de fazer posts nas redes sociais (39%) pelos mesmos motivos.
  • Nas camadas mais jovens, 6 em cada 10 raparigas deixam de vestir aquilo que realmente querem por não se sentirem bem com o seu corpo; e há mesmo 1 em cada 3 que se inibem de responder a uma pergunta na sala de aula, mesmo sabendo a resposta, por não se sentirem confiantes.
  • Mas aquilo que influencia a autoestima das mulheres é diferente consoante as faixas etárias: até aos 18 anos, 1 em cada 2 jovens dá sobretudo importância à beleza e à felicidade na construção da autoestima; já a partir dos 40 anos, o equilíbrio emocional é o fator mais importante na autoestima para quase 3 em cada 4 das mulheres.
  1. O MUNDO DIGITAL ESTÁ A PRESSIONAR AS MULHERES PARA MUDAREM A SUA APARÊNCIA: 8 EM CADA 10 SENTE ANSIEDADE POR CAUSA DAS REDES SOCIAIS
  • No geral, 3 em cada 4 mulheres sentem-se pressionadas a mostrar o melhor de si nas redes sociais.
  • 8 em cada 10 das mulheres até aos 30 anos consideram que as redes sociais provocam ansiedade, sendo que 4 em cada 10 se sentem pressionadas a mudar a sua aparência pelo que veem nas redes sociais.
  • Há ainda 3 em cada 10 mulheres nesta faixa etária que se sentem mais confiantes na sua versão virtual do que na pessoa real.
  • As influenciadoras têm um papel cada vez mais determinante nas escolhas das mulheres portuguesas. Até aos 30 anos, 1 em cada 4 dizem-se influenciadas a realizar procedimentos estéticos para mudar a sua aparência, após verem os resultados desses procedimentos em influenciadoras.
  • Esta influência ainda é mais visível nas camadas mais jovens: até aos 22 anos, metade das jovens diz ser influenciada a experimentar os produtos e tratamentos cosméticos que as influenciadoras recomendam nas redes sociais.
  • 1 em cada 2 mulheres reconhecem que existem influenciadoras completamente geradas por inteligência artificial. Além disso, mais de 70% consideram que a forma como as mulheres são retratadas em videojogos, por exemplo, contribui para ideais irrealistas de beleza.
  1. A SOCIEDADE CONTINUA A CRITICAR MUITO A APARÊNCIA DA MULHER: 2 EM CADA 3 MULHERES JÁ FOI ALVO DE COMENTÁRIOS DEPRECIATIVOS À SUA APARÊNCIA
  • Para mais de 85% das mulheres, a sociedade dá muita importância à beleza como fonte de felicidade. A mesma percentagem admite que recebe mais elogios sobre a sua aparência do que sobre as suas realizações e méritos.
  • Por outro lado, 3 em cada 4 mulheres acredita que as mulheres que são bonitas têm melhores oportunidades na vida.
  • 2 em cada 3 mulheres já foi alvo de críticas ou comentários negativos à sua aparência ou estilo, sendo que em 44% dos casos isso afetou negativamente a sua autoestima.
  • Para 2 em cada 3 mulheres, a Beleza Real significa aceitar as suas imperfeições e falhas ou ser-se fiel a quem são (59%), muito mais do que não usar maquilhagem (16%) ou não ter plásticas (28%).

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